O ranger da porta alertou Obsidian que não estava mais sozinho e virou a cabeça para lançar um olhar intimidante ao guarda que se recusava a parar de olhá-lo. Ele não iria saltar do telhado do edifício em uma tentativa de escapar. Ele só queria ar fresco para limpar sua cabeça e ficar sozinho.
— Vá embora.
— Ei. — Moon saiu. — Sou eu.
O outro macho estava sem o uniforme preto e ao invés disso vestia uma roupa humana. A camiseta azul pequena escondia pouco de seus ombros e nada de seus braços. O material de sua calça já viu antes quando os técnicos o moveram para o novo lugar onde 46 morreu. Eles chamavam de calça jeans. Seus pés estavam nus.
— Eu ouvi que você e a doutora tiveram um desentendimento. Pensei que poderia querer conversar com alguém. — Ergueu algo por trás das suas costas. — Eu trouxe café gelado. Você já experimentou?
Obsidian olhou para as duas garrafas que o outro macho segurava. — Conversar! Por que é isso o que todo mundo quer?
— Ah. — Moon cautelosamente se aproximou. — Eles enviaram o psiquiatra para examinar você?
— O que?
— Psiquiatra. Nós temos um que vem falar conosco e ele pergunta como nos sentimos sobre certas coisas. Acho que Tiger queria que ele avaliasse você. Dr. Kregkor não é tão ruim.
— Nenhum macho humano me visitou.
Moon ergueu uma perna e montou na borda do edifício, firmemente sentando na parede. Ele estendeu uma das garrafas. — Torça a tampa. Você apenas dá uma torção e isso sai. Tente. Eles são bons.
Ele hesitou, mas aceitou a bebida fria, olhando cautelosamente.
— Confie em mim, é bom. Peguei duas da minha geladeira quando ouvi que você estava tendo um dia ruim. Nem tudo o que acontece por aqui permanece privado. Eu só não consegui os detalhes. O que aconteceu com sua doutora?
Obsidian testou a tampa da bebida e saiu em sua palma quando exerceu um pouco de pressão. A coisa cheirava bem, então ele tomou. — Ela sempre quer conversar.
— É assim que as fêmeas são. Elas todas fazem isto.
— 46 não fazia.
— Sua companheira era uma fêmea única então. — Moon abriu sua bebida e tomou um longo gole, descansando na frente dele entre suas coxas. — As fêmeas amam conversar. Eu acho que é porque nós passamos vidas solitárias e o silêncio é algo que elas apreciam evitar agora que estamos livres.
— Alli é humana. Laurann Dohner Obsidian
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— Eles conversam muito. Eles não têm nossos sentidos aguçados e não podem julgar nada exceto pela visão e palavras ouvidas. — Suspirou. — Considere o quão limitados eles são. Deve ser um pouco assustador sem a sensação de cheiro ajudando a descobrir as coisas.
— O que você quer dizer? — Obsidian relaxou ligeiramente, encostando-se contra a parede que cercava Homeland.
— A maior parte de nós pode detectar muito usando nossos narizes. Raiva. Excitação. Nossa, alguns de nós pode sentir o cheiro de dor se for forte o suficiente. Eles suam quando estão com medo ou nervosos à medida que o coração acelera. Captamos isso também. — Encolheu os ombros. — Tudo o que eles têm é a habilidade de descobrir as coisas enquanto nos observam, mas tendemos a ser bons em esconder nossas emoções quando sentimos a necessidade. Você sabe o que eu estou falando. Mercile usava qualquer sinal de fraqueza ou emoção contra nós.
Obsidian não podia discordar.
— Então os humanos nos pressionam a conversar. Eles querem saber o que estamos pensando e sentindo. Eles não entendem muito sobre nós e são curiosos por natureza. Eu acho que isso causou a discussão, certo? Eu perguntei a Jericho, mas ele se recusou a dizer o que aconteceu. Ele deve gostar de você.
— O macho e eu lutamos.
Sobrancelhas escuras se curvaram.
— Sério? Quem ganhou? Eu não vi ferimentos nele. — Ele visualmente avaliou Obsidian. — Ou em você. Não deve ter sido muito físico.
— Alli entrou no meio e paramos antes de machucá-la.
— Pequena fêmea é durona, não é? Valente também. Eu hesitaria em entrar no meio de você e o primata. Eu o vi lutar e você também não parece ser fácil se derrubar.
— Ele faz sons esquisitos.
Moon riu.
— Achamos que ele tem DNA de gorila. É uma espécie de primata grande. Você aprenderá sobre os tipos diferentes de DNA que nós carregamos.
— Ele tem olhos vermelhos.
— Eu não comentaria isso com ele. Ele é sensível sobre o assunto e para ser justo, eles são mais marrons que vermelhos. — O macho tomou outro gole. — Poucos primatas sobreviveram e os que sobreviveram tendem a ser misturados com chimpanzés. Eles são muito mais suaves que Jericho. Ele teve uma vida ruim por isso.
Obsidian admitiu a curiosidade.
— Por quê?
— Você o viu? Ele é muito intimidante e é esquisito sobre seu território. Ele teve que sair do dormitório dos homens porque bateu em seus vizinhos por perturbar seu sono. O cara não tem muito senso de humor, provavelmente porque não transa com frequência. As fêmeas tendem a evita-lo porque elas têm medo de que ele tente reivindicar uma delas se acabarem em sua cama. Ele não é exatamente alguém a quem você não deveria temer.
— Transar? Laurann Dohner Obsidian
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— Compartilhar sexo. Transar. É um termo humano. Eu acho que você não foi exposto a muito das linguagens deles na instalação?
Ele balançou a cabeça.
— Eles nos alimentavam e às vezes nos testavam. Eles não conversavam muito e 46 raramente conversava.
— Você estava em outra parte da instalação que a maior parte de nós. Você sabe por quê?
— Não.
Moon ergueu seu queixo para olhar fixamente para o céu.
— Você só compartilhou sexo com uma fêmea?
— Sim. Minha companheira.
O outro macho olhou para ele.
— Eu sei que era difícil acompanhar o tempo, mas foi por pouco tempo ou por bastante tempo?
Retrospectiva de sua vida surgiu nos pensamentos de Obsidian.
— Sempre. — Falou, seu peito apertado. — Pareceu muito tempo.
— Você sente a falta dela.
Ele hesitou, testando suas emoções.
— Eu a decepcionei. Estou aqui, mas ela não está.
— Odeie as pessoas que a assassinaram e pare de se culpar. — O olhar de Moon segurou o dele. — Estava fora do seu alcance. Você os teria impedidos se pudesse. Eu vi você quando foi salvo. Você deve ter tentado muito escapar para salvá-la e isso é tudo que poderia ter feito. Você quase morreu por causa dos seus ferimentos. Você precisa superar isso.
— Eu não vou enquanto eles viverem.
— Isto está fora do seu alcance também. — Ele parou, mudando o assunto. — O que aconteceu entre você e a doutora?
— Ela me acusou de querer montá-la para substituir 46.
As feições de Moon se torceram em um gesto.
— Ai. Não é surpresa que vocês dois discutiram. Nenhuma fêmea quer sentir como se um macho quisesse usar seu corpo para satisfazer sua paixão por outra.
— Eu estou confuso. 46 está morta. Alli é diferente. Eu não pensei em 46 quando estava com Alli.
— Você disse isso a ela?
— Sim.
Silêncio se prolongou entre eles até que Moon subiu as pernas no muro e se levantou, enfrentando-o. — Eu sou seu amigo. Eu sei que você nunca teve um antes, isso significa que você pode me contar qualquer coisa e eu não repetirei. Você precisa de um agora que não te encha o saco. Isso significa que eu não te direi mentiras ou julgarei você. O que realmente aconteceu entre você e a doutora? Da última vez que nós conversamos você queria montá-la. Você ainda está preocupado com o fato de poder machucá-la se fizer sexo? Eu te disse para ir devagar e com calma. Laurann Dohner Obsidian
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Obsidian soltou seu olhar, olhando fixamente para o telhado escuro debaixo de seus pés nus.
— O que aconteceu? Você tentou e ela ficou com medo? Não rosne, você precisa esconder seus dentes delas tantos quanto possível e ser muito gentil. Um pouco de nossas características podem assustar as fêmeas humanas. Eu sei que ela está muito interessada em você. Eu fui atribuído a guardar você e vi o modo como ela olhava para você enquanto estava dormindo. Maldição, ela sequestrou você e pôs a pele dela na reta tentando salvá-lo. Isso diz muito. Depois ela concordou em ficar com você enquanto se recuperava. Aquela fêmea está interessada em você.
— Em mim? — Obsidian lançou a Moon um olhar confuso.
— Ela se importa. Eu acredito que ela esteja altamente atraída por você.
— Ela me rejeitou.
— Você a assustou?
Seus ombros se afundaram, lembrando-se de seu medo.
— Sim.
— Mistério resolvido. Só diga a ela que você sente muito, dê a ela um olhar de filhote de cachorro e diga que você tentará não fazer isto. As fêmeas perdoam se elas se importam com você.
— Olhar de filhote de cachorro?
Os olhos de Moon se alargaram e seu lábio inferior sobressaiu um pouco enquanto ele abaixava a cabeça ligeiramente. Ele piscou algumas vezes, uma emoção triste facilmente visível. — Assim.
Uma risada surpreendeu Obsidian quando saiu de seus lábios. A expressão do macho era hilária.
— Eu me recuso.
O macho sorriu.
— Eu sei que isso parece ridículo, mas sim, funciona totalmente. Tira-me da água quente o tempo todo.
— Por que você entraria na água quente?
— É um ditado que significa dificuldade. Você realmente foi mantido isolado e sua interação com os técnicos foi limitada se você não conhece essa. O que eles fizeram com você?
— Testes. Eu recebia pílulas e injeções. Principalmente eles queriam que 46 e eu procriássemos.
Todo humor desapareceu do rosto de Moon.
— Funcionou? Ela concebeu?
— Não.
O macho suspirou alto.
— Bom. O pensamento deles conseguindo uma criança de um de nós é nosso pior medo. Eles provavelmente queriam isolar você e sua companheira do resto de nossa população para ver se isso conseguiria os resultados que eles queriam. Um dos funcionários da Mercile disse que Laurann Dohner Obsidian
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existiam rumores que alguns dos cientistas acreditavam que um par acasalado apaixonado poderia conceber.
— Apaixonado?
— Você sabe, ferozmente emocionalmente amarrado um ao outro.
Obsidian afastou o olhar, culpa e tristeza o enchendo.
— O que foi? — Moon chegou mais perto.
Ele finalmente olhou para o macho.
— Nós não éramos apaixonados. 46 rejeitou um laço entre nós.
Moon xingou suavemente.
— Merda. Ela foi forçada?
Obsidian endireitou-se, sua espinha endurecendo.
— Eu nunca a machuquei ou a montei sem seu consentimento.
— Eu não quis dizer isso. Nós supomos que vocês dois queriam estar acasalados.
— Ela foi trazida para meu quarto e deixada lá. Ela conheceu outro macho e implorou para ser levada para ele.
Moon caiu de volta contra a parede, uma mão se levantou para correr os dedos pelo seu cabelo.
— Eu sinto muito. Isso deve ter sido um inferno para você dois.
— Foi difícil. — Ele ligeiramente relaxou. — Ela só concordava com o meu toque durante sua necessidade. A vida era dura, mas tentei fazê-la feliz. Ela não era. — Seu peito doía quando respirava. — Nós ficamos juntos naquele quarto, mas às vezes… — Ele não conseguia dizer.
— O que? — Moon olhou fixamente para ele com compaixão. — Eu sou seu amigo. Diga-me.
— Ela de propósito provocava os técnicos, esperando que eles a machucassem. Eu a impedia, mas ela lutava comigo. Eu tinha de contê-la até que se acalmasse. Eu acho que ela queria morrer, mas eu não queria ser deixado sozinho. Ela me acusou de ser egoísta e disse que me odiava.
— Maldição. — Moon falou, diminuindo a distância entre eles.
Obsidian se preparou para o macho atacar, mas ao invés disso só agarrou seus ombros enquanto olhavam fixamente um para o outro.
— Eu lamento muito. Claro que você tinha que impedi-la. Eu teria feito o mesmo. Os técnicos nunca precisaram de muita desculpa para matar ou nos machucar.
As coisas que ele disse ao outro macho ameaçava subjugá-lo como culpa, tristeza e arrependimento brilhavam em seu olhar. As palavras saíram antes de poder contê-las, o alívio em poder confessar coisas era muito fortes para negar.
— Eu me sinto culpado por sua morte porque eu a decepcionei e eu deveria sentir a falta dela, mas não sinto. Isso me faz tão cruel quanto os técnicos, não faz?
Moon não olhou para ele com horror.
— Eu vou abraçar você. Quer dizer que eu me importo e você não é sem coração. Você fez o melhor por sua companheira, mas soa como se o amor dela pertencesse a outro antes de conhecer você. Você não teve chance. Nós tendemos a ficar obcecados por uma pessoa em nossas vidas e só isso. Você não viu pares felizes de acasalados, mas eu vi. Não teria importado o quão Laurann Dohner Obsidian
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bem você a tratasse ou o que fizesse, tentando deixá-la contente. A mente dela estava sempre no outro e ela não iria dar-lhe uma chance.
O macho de repente puxou Obsidian contra seu peito, seus braços o envolveram e apenas ficou parado, permitindo. Não era exatamente um sentimento confortável ter outro macho muito perto do seu corpo, mas ele não sentiu o desejo de esmurrá-lo. Moon ligeiramente se retirou para encontrar seu olhar.
— Nós acharemos uma fêmea para você que fará com que você esqueça tudo sobre 46. Uma que faça você se sentir vivo novamente. Você precisa transar.
A imagem de uma mulher encheu seus pensamentos e ele articulou seu nome imediatamente.
— Alli.
Moon curvou suas sobrancelhas.
— Ah. Ficou caidinho por ela, não é?
— Eu a quero.
— Então pratique o olhar de filhote de cachorro e diga o que eu te disse. — Moon o agarrou e andou pra trás, olhando ao redor, depois caminhou para a extremidade do edifício para olhar por cima da parede. Olhou para trás. — Por sorte para você eu sei onde ela mora. Como você se sente sobre fazer uma visita tarde da noite? Ninguém vai nos checar já que Jericho sabe que eu estou com você. Você já saltou antes? É fácil desta altura. Só me observe de perto e faça o que eu fizer. Caia sobre seus pés e curve seus joelhos. — Relampejou um sorriso. — Nós temos uma vantagem como Espécies.
* * * * *
Alli terminou de fechar a última caixa, sofrendo nostalgia apesar de apenas ter vivido em sua casa por alguns meses. Foi a melhor fase da sua vida. Piscou de volta as lágrimas enquanto tentava imaginar seu futuro. Parecia bem sem vida.
Ela brincou com sua carreira e agora estava na hora de pagar o preço. Não seria difícil achar emprego em outro lugar já que o ONE não prestou queixas de sequestro. Qualquer hospital atrasado estaria ávido em contratá-la. A tela de computador que ela deixou ligada chamou sua atenção enquanto se afundava na cadeira da mesa. Os resultados de procura foram exibidos enquanto ponderava suas opções.
Uma imagem de Obsidian a distraiu quando fechou os olhos. Nenhum remorso veio à tona em levá-lo de Homeland. Isso salvou sua vida. Ele estava fisicamente se recuperando depressa. Ela podia se certificar por sua força.
Sua mão se abaixou para seu quadril onde uma contusão leve se formou. Resultado de quando ele a agarrou pela cintura antes de jogá-la na cama. Não havia nenhuma dor, mas estava mais que ciente disto. Desejou que suas emoções pudessem se curar tão depressa quanto a contusão iria. Em questão de dias a marca física desapareceria, mas tinha um pressentimento que a lembrança dele ficaria com ela pelo resto de sua vida.
Vá! Laurann Dohner Obsidian
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Ela reviveu a lembrança dele apontando para a porta, exigindo que ela deixasse seu quarto. Foi para o melhor. Uma parte dela sabia disso, mas outra parte se recusava a aceitar. Ele precisava de mim. Não. Ele só queria me usar. É tudo sobre sexo. Droga. Piscou para segurar as lágrimas.
— Estúpida. — Sussurrou em voz alta. Eu devia saber que não deveria me envolver com um paciente e eu tive de me apaixonar por ele. Ele tinha problemas de tantos modos, ainda assim isso a fazia querer ficar mais com ele.
A campainha a tirou de seu torturante debate moral. Ela tentou acalmar seu coração acelerado, com medo de que Justice North tivesse enviado alguém para levá-la de volta a Segurança. Eles tiveram que gastar dinheiro e recursos para enviar a equipe tarefa atrás dela. Esperava que apenas a escoltasse para fora da propriedade do ONE. A outra opção significaria que sua procura de trabalho foi perdida.
Medo a congelou na porta, sua mão na maçaneta, mas não a girou. O conceito de ir para a prisão a assustava muito. Ela não era durona e nunca esteve em uma briga em sua vida. Seus pais a protegeram das outras crianças estudando em casa e depois foi diretamente para a faculdade de medicina onde a violência não era exatamente comum entre os alunos. Os prisioneiros iriam comê-la viva e ela seria sortuda se sobrevivesse uma semana, a menos que seu diploma médico oferecesse a ela algum tipo de privilégios especiais. Podia esperar que eles precisassem dela para trabalhar no hospital da prisão como trabalho livre para mantê-la longe da população geral.
A campainha zumbiu novamente e endireitou seus ombros. Enfrentaria as consequências de suas ações com seu queixo levantado. Sua cabeça se ergueu enquanto torcia a maçaneta para puxá-la.
Obsidian olhou fixamente para baixo para ela. Seu cabelo estava uma bagunça que fluía sobre o seu peito nu, mas mal notou muito surpresa por encontrá-lo em sua porta.
— Eu quero entrar. — Deu um passo chegando mais perto e completamente bloqueou a entrada. — Recue.
Tropeçou um pouco enquanto fazia o que ele exigiu. Ele entrou em sua casa e empurrou a porta firmemente atrás dele. Seu olhar deixou o dela para viajar devagar ao redor da sala de estar.
— Como você saiu do Centro Médico? Eles sabem onde você está? Você podia ter se machucado ou se perdido.
Olhos escuros se fixaram nela.
— Fique calada. Vim para conversar e você escutará.
Seus lábios se fecharam enquanto olhava fixamente com olhos arregalados para ele, espantada.
Estourou uma respiração profunda e endireitou seus ombros. Perguntou-se por que ele não colocou uma camisa. Olhou até achá-lo também sem sapatos. As manchas de grama estavam em seus joelhos como se estivesse escorregado nela.
— Alli?
Concentrou-se em seu rosto e ofegou. Ele parecia estar com dor com seus olhos bem abertos e seus lábios franzidos. Ele piscou rapidamente e ela agarrou-se a ele, certa que estava prestes a desmaiar. Suas mãos foram para seu peito e o empurraram contra a porta atrás dele, sabendo muito bem que não era forte o suficiente para pegá-lo se ele desmaiasse. Podia apenas Laurann Dohner Obsidian
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prendê-lo na vertical até que ele recuperasse seu equilíbrio. Sua cabeça bateu na madeira dura o suficiente para fazê-la estremecer com o barulho.
— Por que você está atacando? — Parecia surpreso. — Você ainda está tão brava comigo?
— Onde dói? Está tonto? Fraco?
— Você não me empurrou tão forte.
— Você pareceu doente.
Um grunhido suave passou pelos seus lábios separados.
— Eu estava tentando fazer um olhar de filhote de cachorro.
— Um o que? — Estava intrigada enquanto parou de pressionar suas mãos muito firmemente contra ele para mantê-lo contra a porta.
— Eu caminhei até aqui do Centro Médico para dizer que eu sinto muito.
—Pelo que? Assustar-me? Pensei que você iria desmaiar agora. Você tem certeza de que está bem? — Recuou, olhando para baixo em seus joelhos. — Você caiu? Bateu sua cabeça de alguma maneira? Seus joelhos parecem que bateram em algo. — Seu olhar segurou o dele, tentando ver suas pupilas.
— Eu saltei do edifício pelo telhado. Não aterrissei tão suavemente quanto pretendi, mas estou sem dor.
Ficou horrorizada com suas palavras.
— Você o que? Por que você faria isto? — Agarrou seu braço. — Venha aqui. — Puxou-o levando para o sofá.
Ele não mancou, mas seus passos eram hesitantes e o empurrou um pouco, o persuadindo a se sentar. Seu grande corpo ofuscou seu sofá cor de creme, um contraste vasto entre sua masculinidade e a decoração feminina. Alli deslizou para seus joelhos na frente dele e procurando pelos tornozelos de sua calça, empurrando-os para cima.
— O que você está fazendo?
Olhou para cima quando o material estava agrupado acima das panturrilhas volumosas. Ele era muito musculoso para levantar as pernas alto o suficiente para ver seus joelhos. — Levante-se. — Recuou um pouco para dar-lhe espaço e sentou em suas pernas. — Abaixe sua calça.
Seus olhos escuros se estreitaram, mas ficou de pé, agarrou a cintura da calça de moletom e a empurrou. Seu cabelo longo a cobriu quando curvou o suficiente para soltá-los em seus tornozelos, momentaneamente a cegando enquanto ela se contorcia e soprava alguns dos fios do seu rosto.
Ele se endireitou, puxando a cortina de fios sedosos para longe. Ela girou, imediatamente focando em seus joelhos. Ambos estavam um pouco vermelhos, mas não localizou qualquer inchação ou escoriações. Pareceu que a calça recebeu o pior do choque. Olhou para cima. Obsidian estava nu e muito excitado.
O cara tem grandes bolas, certo, notou. Grande tudo. Engoliu com força e limpou sua garganta.
— Você pode se sentar.
Ele desmoronou nas almofadas, ainda excitado e em visão clara desde que agora seu colo estava diretamente na frente dela. Laurann Dohner Obsidian
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— Hã, você pode levantar sua calça. — Tentou se afastar, mas estava emocionalmente desequilibrada, o suficiente para bagunçar seus movimentos. Apenas deslizou para o lado até que teve que apoiar uma mão para evitar cair.
— Por quê?
Ele piscou para ela, totalmente desinteressado com seu estado nu. Seu olhar desviou de volta para seu pênis, que estava projetando para cima. Ele se inclinou para frente um pouco até a coroa de seu pênis se apertar contra seu abdômen. Olhe para o outro lado, ordenou, mas seu olhar se recusou a obedecer. Olhou fixamente para seu colo.
— Alli?
Isso chamou a atenção para seu rosto.
— Não é adequado se sentar nu no sofá de alguém.
— Eu não me importo com isto. — Estendeu e as pontas dos dedos e esfregou sua bochecha em uma carícia. — Eu não quero montar você para substituir 46.
— Você saltou de um edifício para me dizer isto?
— Sim. Você me acusou disso e não é verdade. Eu sei que ela está morta e você não é nada semelhante a ela. Eu vejo você.
As cordas do coração dela tocaram. Ele podia ter se machucado, passou por muita dificuldade para esclarecer seu engano. Queria acreditar nele, mas estava tudo muito confuso. Luto podia ser um fator imprevisível na estabilidade mental.
— Eu preciso ligar para a Segurança e dizer-lhes onde você está. Eles ficarão muito preocupados quando perceberem que você desapareceu. Como você passou pelo guarda para chegar ao elevador ou os degraus sem ser visto? — Outro conceito horrível atingiu. — Você não lutou com Jericho ou seu substituto, não foi? — Ela inspecionou seu rosto por sinais de ferimento, mas não achou nenhum.
Lutou para ficar de joelhos, planejando se levantar e caminhar para o telefone para fazer a ligação. Não fez isto. Obsidian a agarrou pela da cintura e a arrastou para seu colo. Seu pênis ficou preso entre seu estômago e seu quadril onde aterrissou de lado no topo de suas coxas.
— Não. Você não está em perigo comigo. — Ele rosnou as palavras, bravo.
Suas mãos tocaram seu peito nu. — Eu sei. Eles vão enlouquecer e começar uma busca. Eles pensarão que algo ruim aconteceu com você.
— Eu não estou pronto para retornar. — Moveu suas pernas para ficar mais confortável, facilmente reajustando-os como se ela não pesasse nada. — Estou aqui para conversar com você. Eu não vou voltar até que entenda que 46 não tem nada a ver com o fato de me sentir atraído por você.
— Eu entendo agora. — Pelo menos esperava que ele estivesse certo e não estava enganando a si mesmo.
— Bom. — Ele girou a cabeça, olhando ao redor do quarto. — Onde você dorme?
Ela empurrou sua cabeça na direção do corredor. — É uma casa de dois quartos. Você quer uma excursão mais tarde? Você provavelmente não viu uma casa antes, não é? Laurann Dohner Obsidian
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Ele soltou sua cintura com uma mão e com a outra a segurou por trás de seus joelhos. Deixou-a surpresa um pouco quando apenas se levantou segurando-a em seus braços. Ele chutou a calça para se livrar dela em volta dos tornozelos antes de caminhar em direção aos quartos.
— O que você está fazendo? — Alli tentou agarrar seus ombros para ter algo para agarrar.
Ele parou para olhar fixamente para ela.
— Eu vou montar você. Laurann Dohner Obsidian
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Kkkkkkkk. Adoooooro!
ResponderExcluirObsidian é foda demais kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirAcho que de todos que já li ele é o mais bruto. Nem o Valiant era tão grosseiro.
ResponderExcluirAhhhhhhhh
ExcluirValiant é muito sexy.... Tammy sortuda...
Neeeee eu concordo o valiante mesmo com jeitinho dele conseguia ser muitoooo fofo ele é tão romântico tbm , tammy teve sorte kkkkkkk
ExcluirValiant se tornou um fofo, só a Tammy que era meio chatinha kkkk
ExcluirTarado kkkkkkkkkkkkk arrasa kkkkkkkk amuuh 😍😍😂❤
ResponderExcluir🐶😁
ResponderExcluirAcho ele muito inocente! E fofo
ResponderExcluir🤣🤣🤣que viagem danada esses dois 🤭🥰
ResponderExcluirA história toda só fica nesse lenga lenga chato 😑😑
ResponderExcluirMorri com ele tentando fazer cara de cachorro abandonado kkkkk
Eu tbm kkkkkkk
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