segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Capítulo 012


CAPÍTULO 12 Í
Oh merda. Bem, eu disse que queria que ele parasse de se segurar. Acho que deveria ser cuidadosa com o que desejava. Jessie empurrou de volta seus pensamentos, deu-lhe uma rápida e profunda olhada uma vez mais e arqueou as sobrancelhas.
— Boa linguagem. Vai me deixar no clima. Isso é sarcasmo, se perdeu o ponto. Esqueça isso, Justice. Por que apenas não mija no canto da cama para marcar seu território?
Ele resmungou, mas Jessie não estava mais com medo. O choque desapareceu e estava preparada para ele agora. Ele estava com ciúmes. Mais irritado que qualquer coisa. Ele não a queria, mas não queria que ninguém mais quisesse ficar com ela.
— Se acha que vou deixar você chegar perto de mim dessa maneira, pense novamente. Você me deixou. Precisa sair até que saiba o que quer. Então, vamos conversar.
Justice rodeou a borda da cama, com os braços ainda abertos. Planejava agarrá-la, em vez de puxá-la e a virar para o espaço entre a janela e a cabeceira da cama. Ela não ia mergulhar através do vidro.
— Eu sei o que quero. Você.
— Pare.
Ele parou, mas não pareceu feliz com isso. Seu olhar encontrou o dela, suas narinas dilataram e baixou os braços dos lados.
— Não. Venha para mim, Jessie.
Ela balançou a cabeça.
— Não sou assim tão fácil, querido. — Ela usou seu próprio termo para lidar com ele. — Saiu pela janela ontem à noite para esconder o fato que estamos nos vendo. Se isso não fosse ruim o suficiente, não voltou. Esperei por você e me irrita ser tratada dessa forma.
Ele franziu a testa.
— Estava protegendo-a de todos.
— Estava sendo um idiota e poderia ter dormido na minha cama, mas não o fez. Ninguém saberia se voltasse furtivamente. Eu te cobri e mascarei seu cheiro com os oficiais. Eles não tinham ideia que esteve aqui.
— Quer discutir agora? — Ele olhou para o sexo dele esticado e depois para ela.
Ela quase riu de sua expressão frustrada. Queria ele e estava nu no quarto dela e poderiam discutir mais tarde. Apesar da discussão, o medo e agora a raiva a fazia se sentir viva. O resultado era que o queria e ele a queria.
Ele não estava questionando ficar com ela naquele momento. Alcançou a blusa, viu os olhos dele se arregalando enquanto a olhava abri-la e levou seu tempo para se despir. Ia fazê-lo pagar um pouco pela porcaria que a fez passar. Laurann Dohner Justice
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Jogou a blusa para ele e ele a pegou. O sutiã saiu em seguida, outro item que jogou na sua direção. Ele respirou profundamente, sentindo o cheiro de suas roupas e as deixou cair cegamente no chão. Era fácil dizer que queria dar o bote nela, mas se continha, lutando pelo controle novamente. Agora que estavam na mesma página sobre terminarem juntos na cama, ela queria que ele viesse para ela do jeito que estava antes dela o chutar.
Os polegares se curvaram na calcinha em seus quadris e ela se virou um pouco, se mantendo a vista e, lentamente, balançou o traseiro quando as abaixou. Seu olhar se fixou lá, um ronronar vindo dele e a observou se curvar até que saiu delas. Ela as deixou no chão e com as mãos segurou o lado da cama o olhando por cima do ombro.
— O quê? Quer um convite escrito para se juntar a mim? Por que não sobe na cama primeiro e discutimos nossos problemas mais tarde?
Se se moveu rápido, veio para ela em vez da cama e as mãos agarraram seus quadris. Ela não esperava isso ou ser levantada, torcida no ar e jogada de costas no colchão macio. Ela saltou uma vez e as mãos agarraram suas coxas. Ele as abriu, curvada para cima e expondo totalmente sua boceta. Seu olhar baixou e ela percebeu que o pênis estava a centímetros de entrar nela. Se esticou um pouco, com medo que apenas transasse com ela quando realmente queria um pouco de preliminares primeiro.
— Me convidou para jantar, mas só quero comer você. — respondeu asperamente.
Suas palavras fizeram sentido quando ele deu um passo atrás, se inclinou sobre ela e seu cabelo caiu para frente em seu baixo ventre. Ele deu um beijo na parte interna da coxa, ajustou suas pernas e se deleitou com seu clitóris. Jessie jogou a cabeça para trás, os punhos no edredom e gemeu pelo prazer imediato que sua boca quente lhe dava. A língua raspou sobre o botão sensível rapidamente, puxando sua paixão para níveis explosivos e soltou o edredom para embalar os próprios seios. Ela os apertou, acrescentando a experiência e as vibrações adicionadas à mistura quando um ronronar profundo veio de Justice.
— Oh, Deus! Amo quando faz isso. — ela ofegou. — Estou tão perto, querido. Não pare ou fique mais devagar.
Ele vibrou mais rápido, o som ficou mais alto e sexy e Jessie gritou quando atingiu o clímax rápido e furiosamente. Mexeu os quadris, mas as mãos fortes a seguravam presa ao colchão, sua boca soltou e ele finalmente soltou suas coxas. Ela abriu os olhos e o viu passar por cima dela de uma forma que lembrava que era parte pantera. Já não teve dúvida disso pela forma em que parecia rondar graciosamente em cima de seu corpo. Seus olhares se encontraram e sua boca desceu para tomar a dela num beijo que roubou seu fôlego.
Enganchou as pernas sobre seu traseiro enquanto ele se dirigia para ela. Seu pênis separou as paredes vaginais num impulso rápido. Ela gritou contra sua língua e ele rosnou, rasgando o beijo. Ela tinha mais de 100 kg de macho desenfreado transando com ela até o esquecimento enquanto a montava duro e rápido. O êxtase de ser tomada dessa forma, de como ele era gostoso, a enviou para um segundo clímax. Laurann Dohner Justice
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Justice se torceu um pouco, enfiou a cara na cama ao lado dela e gritou quando a seguiu enquanto suas paredes vaginais contraíam em torno de seu eixo grosso. O som não feriu seus ouvidos desta vez, muito abafado pelas cobertas e ela se agarrou a ele, só então percebendo que seus braços estavam em volta dos ombros dele.
Ela explorou as costas quentes com mãos errantes, adorando a sensação de tê-lo em cima dela, dentro dela. Justice manteve o rosto contra a cama, com os braços apoiados o suficiente para evitar que a parte superior do tórax a sufocasse com seu peso e ela se virou para roçar beijos em seu pescoço.
— Isso foi incrível.
Ele levantou a cabeça, encontrou seu olhar e franziu a testa.
— Não fui gentil.
— Não estou reclamando. A parte incrível foi um elogio. — Ela sorriu. — A melhor rapidinha.
Um som retumbou em sua garganta — um bonito de desagrado — e seu rosto pairou centímetros acima dela. Ele mudou seu peso e colocou uma das mãos em concha ao lado de seu rosto.
O polegar roçou sua bochecha, a acariciando.
— Me desculpe, perdi a cabeça e agi assim...
— Idiota? Uma dor no traseiro? Ciumento? — Estava feliz em sugerir palavras enquanto ele parecia perdido.
Seu olhar exótico se estreitou.
— Rude. — decidiu. — Admito o ciúme. Se alguma vez permitir que alguém te toque, vou matá-lo, Jessie. Vou destruí-lo. Entende?
O sorriso desapareceu.
— Realmente quer dizer isso, não é?
A raiva brilhou em seus lindos olhos.
— Sim. O pensamento me deixa louco. — Sua voz se aprofundou. — Apenas pensar que outro homem beije você, coloque as mãos sobre você, até...
— Entendo. — ela o cortou antes que realmente se irritasse. — Realmente é uma merda ruim e violenta. Um médico legista testaria seu nível de brutalidade. — Ela moveu as mãos para pressionar contra o peito, seus dedos o acariciando. — Vou fazer um acordo com você.
— Não há nenhuma negociação aqui.
— Pare de me dizer que acabou, que não podemos ver um ao outro, e não terá motivo para sentir ciúmes, porque não engano. — Ela manteve seu olhar. — Tenho um cara na minha vida e na minha cama. Não preciso de dois. Só quero você.
A raiva diminuiu.
— Não é tão simples assim.
— Nada que vale a pena na vida é.
— Firmei um compromisso com meu povo e me envolver com você aumenta os problemas que temos. — Respirou fundo e sua raiva desapareceu para ser substituída por tristeza, enquanto olhava Laurann Dohner Justice
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nos olhos dela. — Posso pensar em mil razões por que é uma má ideia ficar com você, mas ainda assim estou aqui. Você é minha única fraqueza, Jessie. Quero você e parece que a lógica não me ajuda a ficar longe.
Ele admitir isso a fez derreter um pouco por dentro.
— Que tipo de problemas acha que ficar comigo vai causar? Fale comigo.
— Assim que sair que estamos namorando, isso só vai conduzir os grupos de ódio a outro frenesi sobre como somos animais e como é errado estarmos autorizados a viver. Os fanáticos religiosos vão gritar sobre os pecados dos animais que têm sexo com humanos. — Um pequeno sorriso curvou seus lábios. — Se sentir pecador é muito legal, mas você entende o ponto.
Ela riu.
— É. A vantagem é que a maioria das pessoas acha que esses grupos estão cheios de idiotas e não os ouvem.
— Eles aterrorizam nossas portas, fazem ameaças de morte, e tenho outras coisas para considerar também. — Seu humor desapareceu. — Vão alvejá-la. Descobrimos isso em primeira mão. Eles não apenas vêm atrás de nós, mas das mulheres com quem estamos. Não seria capaz de deixar Homeland sem estar em perigo.
— Sou boa em tomar conta de mim e por acaso trabalho e vivo aqui agora. Não estou realmente preocupada com isso. — Ela passou as mãos em seus ombros, massageando a tensão lá e deu de ombros. — Odeio fazer compras, então com certeza não vou perder os shoppings e posso comprar qualquer coisa desde que tenha a internet. Qual o próximo?
Ele hesitou e sua atenção desviou para seu cabelo espalhado sobre a cama. Ela sabia que estava evitando algo e mexeu com ele para trazer seu foco de volta aos seus olhos. Ele encontrou seu olhar e ela arqueou as sobrancelhas.
— O que mais? Fale comigo, caramba. Pode ser totalmente honesto. Apenas solte.
— Seu pai.
As duas palavras tiveram um efeito frio nela.
— Certo. Meu pai. Sim, isso poderia ser um problema.
— Ele pode tirar seu apoio à nossa causa e representa os Novas Espécies em Washington. Contamos com ele e pode pegar se ele descobrir sobre nós. Sujar. Ficar feio. Ele poderia prejudicar meu povo.
— Vai aceitar bem estarmos juntos também. Não estou muito preocupada com isso. É uma figura pública, o Sr. Reputação, e pode haver uma tempestade de merda sobre seu trabalho, se sua filha — eu — estiver com você. Alguns podem pedir que se demita porque estará emocionalmente envolvido. — Ela mordeu o lábio inferior.
— Ele não vai aceitar que fique comigo.
Ela relaxou.
— Estará feliz enquanto eu estiver feliz. Confie em mim. Estou mais preocupado com seu trabalho que qualquer outra coisa. Representar as Novas Espécies se tornou seu p... — Ela parou de Laurann Dohner Justice
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falar, cortando o que ia dizer ”projeto de estimação“, uma vez que provavelmente não era o melhor termo para usar considerando que Justice poderia se ofender. Ela limpou a garganta. — Paixão na vida — substituiu.
Justice suspirou.
— Exatamente. Ficarmos juntos poderia causar um monte de problemas para todos e...
— E o que?
— Não temos certeza de onde isso está indo.
— Certo. — Ela concordou. — Mal nos conhecemos.
— É por isso que queria evitar vê-la. — admitiu. — Realmente devemos considerar isso, Jessie.
— Quero ficar com você e aqui é onde você quer estar também. Estou errada?
— Não.
— Tudo bem. — Suspirou. — Portanto, resta apenas duas coisas razoáveis que podemos fazer. Ou paramos de nos ver, o que não queremos fazer. Ou podemos apenas não falar a ninguém que estamos nos vendo até termos certeza que há algo a contar.
Ele a estudou.
— Não ficaria ferida se mantivéssemos nossa relação em segredo? Não tenho vergonha de ficar com você. Acusou-me disso e não é verdade.
— É apenas inteligente, por agora, manter as coisas entre nós, certo? Acho que nós dois concordamos que é melhor, considerando tudo que está em jogo. Realmente não quero causar problemas ao meu pai ou ter esses lunáticos agitados nos portões. Seus pobres oficiais já sofrem muito com o assédio. Odeio aumentar.
Ele franziu a testa.
— Não gosto de mentir.
— Não contar não quer dizer que estamos mentindo. — Ela sorriu. — Pelo menos me assegurou meu pai, mas ele está na política. Basta fingir que está lidando com a imprensa. Teve que aprender a lidar com eles. Enquanto formos totalmente honestos um com o outro, é tudo que importa. — Ela segurou o rosto dele. — Então, como ficamos sobre isso, Justice? Quer secretamente me namorar? Menos a parte do namoro, porque isso significaria alguém nos ver juntos. — Riu. — Não gosto de sair para jantar ou ver um filme de qualquer maneira. Gosto de noites calmas em casa.
— Você é perfeita.
— Oh, eu gostaria que isso fosse verdade. Vai ficar essa noite, certo? Ainda tenho que dormir com você e dizem que a terceira vez é um charme.
— Tente me tirar da sua cama. — Ele colocou mais peso para prendê-la debaixo dele.
— Estou muito cansada e não tenho motivação para movê-lo já que gosto de você exatamente onde está. Não tive muito sono na noite passada e sei que é cedo, mas estou cansada.
— Eu também não. Queria voltar, mas não sabia se ia me receber depois que fugi para evitar a detecção. Sinto muito por isso. Não quero te machucar, mas tenho que pensar sobre meu povo e tudo que faço reflete sobre eles. Senti-me tão rasgado. Laurann Dohner Justice
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— Entendo mais do que pode imaginar. Meu pai sofria quando meu irmão ou eu aprontávamos enquanto crescíamos. Tudo que fazemos reflete sobre ele e você representa as Espécies para o mundo. Tem muito em comum com ele, mas não da forma assustadora, estou-tendo-sexo-com-alguém-como-meu-pai.
Ele riu, seu corpo tremeu sobre o dela e sorriu.
— Você me faz feliz, Jessie. Estou tão feliz que entrou na minha vida. É um sopro de sol no silêncio escuro que a minha vida se tornou.
— Você balança meu mundo e minha cabeceira.
Diversão parecia realmente bem sobre ele, decidiu, admirando as belas feições. Ela estava contente que não estivesse tentando negar mais que havia algo entre eles. Entendia por que foi relutante em continuar a vendo. Toda preocupação que mencionou era válida para os dois. Ela se tornou dedicada a proteger e localizar Espécies, não causando mais sofrimento. Acabavam de manter seu envolvimento em privado. Evitaria problemas e não faria sentido agitar um vespeiro até que tivessem certeza de onde seu relacionamento ia.
— Pelo menos não disparamos nenhum alarme hoje à noite.
Ele lentamente se retirou de seu corpo e rolou para o lado, abriu os braços e, silenciosamente, pediu que viesse mais perto.
Jessie não hesitou em se aconchegar em seu abraço quente. Parecia incrível estar protegida contra ele e essa sensação de estar onde pertencia, com quem pertencia, a atingiu novamente. Não ia permitir que ele a assustasse já que estava cansada demais para se preocupar com um possível desgosto futuro. Ele valia o risco.
— Durma, Jessie. — murmurou, beijando o topo de sua cabeça. — Estou aqui e não vou sair.
— Isso é bom. — ela admitiu. — Deveria dormir aqui a noite toda.
O coração de Justice apertou pelo convite suave de Jessie para compartilhar sua cama numa base permanente. Ele queria. O desejo o golpeou forte e rápido para fazer exatamente isso. A ideia dela pertencer a ele trouxe emoções que nunca experimentou antes. Fechou os olhos, inalou seu perfume e seus braços apertaram ao redor dela.
Esta felicidade devia ser o que Fury, Slade e Valiant sentiam quando abraçavam suas companheiras. Esse pensamento o fez abrir os olhos e seu coração disparou. A ideia de manter Jessie ao seu lado, na sua cama e se comprometer com ela em todos os sentidos não enchia de medo seu coração. O deixava dolorido e seu pênis endureceu em resposta, querendo reclamá-la.
Droga. Calma, ele silenciosamente pediu ao seu corpo. A respiração de Jessie tinha mudado, dormia pacificamente contra ele e se recusava a acordá-la para fazer amor tão cedo de novo.
Conteve um bufo. A tomou de uma forma que não seria considerada amar no livro de ninguém. Foi muito áspero, frenético em mostrar a ela que era seu homem e que ele devia ser o único em sua cama.
A memória do surto em sua casa o envergonhava. Teria matado Night ou Sword se descobrisse que um deles tentou compartilhar sexo com Jessie. A raiva permanecia, só de pensar em outro homem Laurann Dohner Justice
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colocando as mãos sobre sua mulher. Sua. Sim. É assim que penso nela e muito. Ele a puxou contra seu corpo, a segurou um pouco mais apertado, certificando-se que não a esmagava. Ela parecia pequena comparada a ele, frágil, e seus instintos protetores ardiam como nunca antes.
Não era fácil admitir que mataria um de seus próprios homens, mas não se coibia da verdade. Por Jessie faria isso. Se arrependeria mais tarde, mas ainda teria sangue de Espécies em suas mãos. Era perturbador perceber quão profundamente seus sentimentos cresceram em tão pouco tempo.
Um zumbido suave chamou sua atenção e cuidadosamente moveu Jessie o suficiente para liberar seu corpo, cuidadoso para não acordá-la, e rolar. Tinha que atender ao telefone ou alguém iria procurar em sua casa para se certificar que estava bem e descobrir que não estava lá. O incomodava quando deslizou para fora da cama, agarrou a calça rasgada e correu para fora do quarto, enquanto puxava o celular do bolso intacto.
— Justice aqui. — Não olhou para o identificador de chamadas.
— Desculpe. Estava comendo? No chuveiro? Demorou cinco toques para responder. Não quero ouvir sobre isso, se estava no banheiro fazendo outras coisas. — Tiger riu. — Isso não poderia ser adiado.
— Comi antes de deixar o escritório. Estava longe do meu telefone. O que foi?
— Adivinha quem apareceu na porta pedindo para te ver imediatamente? Sua repórter preferida e está esperando por uma resposta.
— Não. — A irritação explodiu. — Me recuso a falar com aquela mulher de novo.
— Ela está inflexível. Está ameaçando a manchete do jornal da manhã com a notícia de um Espécie se casando com uma humana na Reserva.
Ele entrou na sala de estar e parou.
— Isso não importa. Tammy contou aos seus amigos e foi obrigada a partir quando Valiant casou com ela. Já foram fotografados juntos quando foi sequestrada e a equipe a localizou e resgatou. Esperava que isso acontecesse.
— Tudo bem. Não é você que sempre diz que é melhor ser educado com esses abutres que deixá-los irritados o suficiente para nos arrasar em seus jornais?
— Me recuso a permitir essa mulher perto de mim, de novo.
Tiger riu.
— Ela quer um pedaço de Justice.
Rosnou em resposta.
— Ela é uma ameaça que acredita que sou burro demais para saber que está tentando me seduzir para ter acesso à informações sigilosas. Não está à procura de um companheiro, mas de uma série de reportagens exclusivas para impulsionar sua carreira.
— Ela é bonita, embora um pouco tagarela.
— Jurei que nunca iria permitir outra entrevista após a última.
— Gostaria de ver sua cara quando ela te mostrou os seios. — Tiger bufou. — Não teria me importado de vê-los. Como saiu dessa bagunça? Laurann Dohner Justice
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— Gritei para minha secretária entrar no escritório e acompanhar o resto da entrevista. Você conversa com a repórter. Ela pode mostrar os seios novamente se achar que é ingênuo o suficiente para acreditar que é sincera em seu interesse sexual por você e achar que pode soltar informações na cama.
— Claro que não. Estou evitando as fêmeas humanas. Sou muito esperto para isso.
Justice permaneceu em silêncio, incapaz de dizer qualquer coisa já que Jessie dormia no corredor, seu cheiro misturado com paixão ainda provocando seu nariz e mantendo seu pau duro ao querê-la novamente.
— Vou lidar com a abutre. Vou dizer a ela que não está aqui e teve que voar para a Reserva para uma reunião. Falando nisso, Miles Eron chamou para lembrá-lo que é esperado em seu escritório às nove da manhã.
— Ótimo. — Ele se absteve de rosnar, cansado de reuniões.
— Está preocupado com nossa imagem e foi por isso que o contratou. — Tiger fez uma pausa. — Vão pedir para pintar seu cabelo de novo. Está ficando escuro. Sabe como são nossos consultores de mídia.
— É uma tortura quando mexem comigo. Essa merda fede.
— É por isso que estou feliz por não ser você. Vou lidar com a pisca-pisca palerma e você volte ao que estava fazendo.
Justice hesitou.
— Posso pedir um favor?
— É claro.
— Estou cansado, Tiger. Gostaria de uma noite de sono ininterrupto. Pode apenas lidar com qualquer coisa que surgir e se certificar que não seja perturbado?
Simpatia brotou no tom do outro macho.
— É claro. Merece isso e muito mais. Vou cuidar de tudo que aparecer. Durma e descanse. Essa reunião na parte da manhã será um inferno e ambos sabemos que vão ter aquela mulher no escritório te esperando para pintar seu cabelo. Vou ficar no escritório e encaminhar todas as chamadas daqui.
— Obrigado.
— Durma um pouco e não se preocupe. Tenho tudo sob controle e vou chamar os oficiais para se certificarem de ficar longe de sua casa. Não os quero patrulhando perto demais e acordando você.
— Isso não é necessário. Já disse a eles para evitar minha casa.
— Se preocupam com você e querem ter certeza que está seguro. Não podemos permitir que nada aconteça com você. — Tiger riu. — Ninguém mais quer seu trabalho. Todo mundo precisa tanto de você porque não há nenhum de nós que pudesse se manter tão calmo, independentemente do que os humanos dizem ou fazem. Você é o mais tolerante e bem educado de todos nós. Estaríamos num mundo de merda se estivesse morto, porque ninguém mais poderia nos manter todos juntos.
Os ombros de Justice caíram.
— Não acho que seja verdade. Laurann Dohner Justice
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— É. — Todo humor deixou a voz de Tiger. — É por isso que vou ter a maldita certeza que durma um pouco. Estamos ferrados sem você. Sono profundo meu homem. — Desligou o telefone.
Justice fechou o telefone, o apertou na mão e mal evitou esmagar a coisa.
Olhou para o corredor na direção onde Jessie dormia. Nunca imaginou querer nada mais que cuidar de seu povo e garantir que conseguissem se fundir com o mundo fora das instalações de testes. Uma ruiva sexy e ardente mudou sua vida. A queria, mas duvidava que pudesse ter ambos.
Deixou seu telefone em cima da mesa no corredor, fechou a porta do quarto e olhou para o relógio. Era cedo para ir para a cama, mas estava cansado de sua vida, exausto de arcar com tanta responsabilidade e deprimido que um dia, em breve teria que desistir de Jessie pelo bem de seu povo.
Arrastou-se em sua cama, inalou o cheiro dela e puxou-a em seus braços. Ela murmurou seu nome no sono, deu um beijo no seu peito quando o rosto se aninhou contra ele e ele passou os braços apertados em torno dela.
Ser Justice North era uma merda, mas por enquanto teria a coisa que mais queria. Fechou os olhos, determinado a aproveitar cada segundo que pudesse passar com Jessie. Laurann Dohner Justice
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