Capítulo 1
Um ano depois
Trisha sentou à sua mesa, lembrando-se de 215. Ele ainda a assombrava com seus incríveis olhos azuis, com o modo em que a havia prendido sob ele na cama do hospital, e quase... tinha lhe seduzido. Sabia que nunca se esqueceria dele, mas ele não se lembraria dela. Isso também a incomodava.
Tinha ouvido que os Novas Espécies, os sobreviventes dos centros de pesquisas da empresa farmacêutica que tinham sido resgatados, ganharam nomes escolhidos por eles mesmos ao invés dos números que as indústrias Mercile usaram para identificá-los. Ele tinha escolhido o nome Slade.
Combinava com ele. Era um filho da puta grandalhão, com um peitoral enorme, cabelo selvagem e comprido, e exalava uma atitude perigosa. Toda vez que exibia dentes afiados e anormalmente longos ao dar um sorriso, fazia-o parecer um predador. Quase parecia como se estivesse ameaçando alguém quando sorria. Também tinha que ser o homem mais sexy que já conheceu e as memórias daquela cama de hospital sempre a faziam ficar excitada.
Os Novas Espécies tinham conseguido um tipo de refúgio particular chamado de Homeland pelos sobreviventes dos complexos. O mundo não foi totalmente receptivo ante a noção da existência deles e eles precisavam viver sob alta proteção contra os grupos de ódio que acreditavam que eram aberrações.
Fanáticos religiosos os chamavam de demônios, antinaturais, e uma afronta a Deus porque foram criados dentro de tubos de ensaio por cientistas. Se não usavam a desculpa religiosa para odiá-los, diziam que os Novas Espécies eram animais de duas patas que não mereciam direitos humanos e não era mais que bichinhos treinados que imitavam pessoas.
Aquilo era ridículo. Trisha ficava irritada quando ouvia essas baboseiras de idiotas nos jornais. Os Novas Espécies eram vítimas, não uma praga jogada na humanidade, e definitivamente não eram as crias malignas de Satã. Também não eram animais de estimação com habilidade de falar.
Dois meses atrás tinha ouvido que um centro médico particular seria aberto em breve em Homeland. Imediatamente tinha enviado seu currículo, esperando garantir uma posição como uma das médicas que planejavam contratar. Nunca esqueceu como ficou surpresa quando dois dias atrás recebeu a ligação. Tinham-na escolhido entre todos os outros candidatos.
Todos na comunidade médica estavam fascinados com os Novas Espécies. O número total de sobreviventes era desconhecido, mas as Indústrias Mercile, uma gigante das empresas de pesquisas farmacêuticas, os usaram como cobaias vivas. Tinham introduzido DNA animal em seus genes. Diziam que os haviam criado para combater doenças que passavam de animais para humanos e para criar vacinas e remédios para combater doenças que os animais eram imunes em humanos. Depois disseram que a companhia estava pesquisando drogas que aumentavam a Laurann Dohnner Slade
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potência física de seres humanos, torná-los mais musculosos, e em melhor forma só tomando as pílulas que tinham criado.
A assombrava que outros médicos e cientistas tivessem vendido suas almas por dinheiro, mas obviamente vários fizeram coisas impensáveis aos homens e mulheres forçados a serem cobaias. O fato de alguém ter encontrado uma forma que tivesse êxito na combinação do DNA humano e animal para criar vida tinha causado um furor no mundo da medicina.
Porém, os Novas Espécies eram provas vivas disso. Trisha esperava que tivesse informações mais detalhadas sobre eles agora que tinha conseguido o trabalho, mas até o momento não tinham lhe dito muita coisa. Tinham mandado um arquivo para que desse uma olhada. Algumas das informações a impressionaram, mas estava pronta para qualquer desafio apresentado.
Infelizmente, parecia que só a contrataram para que bancasse a enfermeira dos empregados humanos já que nenhum dos Novas Espécies tinha pisado na clínica.
Ela escorou as costas na cadeira, colocou os pés na mesa, e revisou os fatos que havia aprendido. Novas Espécies escolheram nomes estranhos para si mesmos, normalmente algo que tinha algum significado para cada indivíduo. Tinham escolhido se chamarem de Novas Espécies porque muitos deles não eram alterados com o DNA de um mesmo animal. Soube que havia três tipos —espécies canina, felina e primata. Então havia algumas anotações documentadas sobre as diferenças físicas descobertas entre elas. Seus pensamentos se fixaram instantaneamente na razão de sua perturbação.
Slade não se lembra de mim. Ele praticamente me molestou, jurou fazer coisas obscenas com o meu corpo, e simplesmente... Esqueceu o que tinha feito? Ela gritou, surpresa por não sair fumaça de suas orelhas da raiva que queimava dentro dela. Tinha acabado de confrontá-lo e não tinha visto nem uma pitada de reconhecimento em seus olhos. Como ele pôde esquecer? Eu com certeza não pude e isso não é justo. Típico de homem. Excita uma mulher, a deixa doidinha e depois a esquece no segundo que ela vai embora. Filho da mãe! Tinha sido extremamente rude com ela, adicionando mais sal na ferida. Uma empregada completamente humana de Homeland e um Nova Espécie canino estavam vivendo juntos.
Trisha sabia que estavam transando, apesar de negarem, e queria estudar a vida sexual do casal. Slade tinha passado isso na sua cara, sido vulgar, e tido o desplante de chamá-la de intrometida!
Todos os detalhes sobre a vida sexual do casal poderiam ser importantes. Havia muita coisa desconhecida sobre os Novas Espécies. Eles eram ao menos sexualmente compatíveis com humanos? Trisha não tinha certeza da porcentagem de machos envolvidos, mas tinha sido documentado nos poucos relatórios entregues a ela que alguns dos homens inchavam na base do pênis bem antes de ejacularem.
Aquilo era doloroso para uma mulher? Essa era a pergunta que tinha desejado fazer a mulher vivendo com um Nova Espécie, mas Slade lhe ordenou que ficasse longe do casal.
Queria explorar a possibilidade de humanos e Espécies terem filhos. Disseram a ela que as Indústrias Mercille acasalaram Novas Espécies fêmeas e suas contrapartes masculinas por anos, esperando criar mais deles. Nunca conseguiram uma gravidez. Podia ser que nenhum Nova Espécie pudesse conceber filhos devido a algo simples que poderia ser tratado medicamente. Laurann Dohnner Slade
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Poderia descobrir se alguém permitisse que ajudasse, mas isso não aconteceria se ninguém deixasse que conduzisse os testes.
— Dra. Norbit?
A voz tirou Trisha de seus pensamentos para olhar para Paul quando ele entrou na clínica para cobrir seu turno. Ele era o único enfermeiro e parecia muito agradável. Estava no começo dos quarenta e tinha mencionado um histórico militar.
— Um doce pelos seus pensamentos.
Trisha forçou um sorriso.
— Eles não valem isso tudo. Estou com pena de mim mesma. Eu queria essa posição para aprender mais sobre os Novas Espécies, mas só dou de cara com paredes de concreto.
— É. A ONE não é de falar muito. Estou aqui há mais tempo e ainda não sei muita coisa. Nós devíamos cuidar deles, mas eles não nos dizem nada sobre suas fisiologias que nos ajude a fazer isso.
— ONE?
— Organização das Novas Espécies. É como se chamam por aqui. Estou surpreso que não tenha visto os uniformes que alguns deles usam. Não acho que apreciam nossa segurança e criaram seus próprios times. Não os culpo. Você perdeu o ataque que aconteceu há não muito tempo atrás.
— Eu ouvi algo a respeito no noticiário.
Paul fez uma careta.
— Foi horrível. Aqueles manifestantes e os ativistas dos direitos humanos invadiram os portões e cerca de quinze caminhões cheios de idiotas armados entraram no complexo. Os prédios felizmente foram construídos para aguentarem ataques e a segurança conseguiu proteger a maior parte das pessoas quando os portões foram invadidos. Aqueles bastardos entraram aqui como se tivessem declarado que era temporada de caça aos Novas Espécies. Já esteve numa caçada de cervos?
— Não.
— Foi isso que o que aconteceu aqui me lembrou. Havia um total de dezessete mortes quando acabou. Foram os quarenta e poucos minutos mais longos da minha vida antes da ajuda aparecer. É por isso que quiseram contratar um médico. Eu fiquei cheio de ferimentos no dia e bem fora de mim.
— Dezessete mortes? Eu não sabia que os números eram tão altos assim. — A notícia horrorizou Trisha.
Ele encolheu os ombros.
— Alguns morreram depois de ferimentos a bala. A empresa que fazia a segurança era terrível. Os Novas Espécies se juntaram para acabar com eles quando apareceram aqui e impediram que alguns daqueles bastardos tentassem abrir as portas do hospital. Eu estava sozinho, achando que eles iriam entrar e me matar já que não discriminavam muito em quem atiravam. Se respirasse, era um alvo para aqueles imbecis. Os oficiais Novas Espécies usam uniformes pretos estilo SWAT com ONE escrito em letras brancas na frente.
Slade tinha usado um uniforme daqueles quando a impediu mais cedo. Laurann Dohnner Slade
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— Então homens que os usam são seguranças da ONE?
— Eles se chamam de oficiais Novas Espécies, e sim. Não vai querer confusão com esses caras. Um deles me disse que era um protótipo de experiências no centro de pesquisas onde o mantinha preso. Dizem por aí que alguns deles foram treinados para lutar e matar só para demonstrar o que eram capazes de fazer e como eram rápidos. Eu ouvi que as Indústrias Mercile podiam ter um contrato com alguns países de terceiro mundo para vender suas drogas a quem pagasse mais. Os Novas Espécies negaram isso, mas quem vai saber qual é a verdade. De qualquer forma, eles são durões. Eles não negam o fato de que eram torturados regularmente e espancados para ver o que poderiam sobreviver e quanto conseguiam se curar. Já viu um deles de perto? Jesus! Eles são enormes e some isso ao fato de que são rápidos, tem audição, olfato e visão apurados e arrebentam com qualquer um que lhe atravessarem o caminho. Eu estive no Exército e tenho certeza que não queria me ver encarando alguns deles mesmo com a minha unidade inteira me dando cobertura.
Trisha olhou para o relógio no pulso. Não queria ouvir mais sobre como os Novas Espécies provavelmente eram maus e perigosos. Eles já a intimidavam bastante sem que escutasse a toda especulação. Também aprendeu, desde que conheceu Paul, que ele tinha uma tendência de falar por horas se tivesse chance.
— Eu vou indo. Acabou meu turno. Acho que vou para casa.
— O que acha das dependências? Não são ótimas? Eles me deram uma com dois quartos, no estilo chalé. Minha esposa adorou.
— Elas são ótimas. — concordou Trisha. Levantou-se, pegando a bolsa. — Vejo você amanhã. Ligue se precisar de mim. — Ela bateu no bolso. — Meu celular está ligado.
— Claro, Doutora... er, Trisha.
Trisha deixou o centro médico e andou pela rua. Sua casa ficava a apenas uma quadra de distância, dentro da área dos empregados humanos onde dúzias de casas estilo chalés tinham sido construídas. Eles lhe deram uma linda casinha azul. Ela espiou a lua, decidindo que era uma bela noite.
— É meio tarde para estar andando sozinha. — uma voz masculina rouca disse de trás dela.
Trisha ofegou quando se virou, tentando não mostrar sua surpresa ao ver Slade.
Ele usava seu uniforme preto e sua atenção se fixou em seu peito onde as letras ONE estavam impressas claramente em um quadrado pequeno. Seu olhar subiu para os olhos azuis mais que incríveis. Eram de um tom escuro que ela não podia evitar fitar.
Se ele era um oficial ONE, tinha que ser bem durão, um sobrevivente dos piores dos abusos, e possivelmente tinha sido treinado para lutar para ser um dos protótipos que filmavam para exibir as coisas horrendas que tinham feito ao seu corpo, se Paul estivesse correto. Aquilo significava que Slade podia ser altamente perigoso. Ela respirou profundamente, tentando acalmar seu coração acelerado.
— Eu não o vi nem escutei. — admitiu.
Ele lhe mostrou os dentes afiados quando sorriu.
— Foi exatamente o que eu quis dizer. Não devia estar aqui fora andando sozinha. Podia ser perigoso. Laurann Dohnner Slade
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— Esse é um centro altamente protegido com guardas por todo lugar. — Ela franziu o cenho. — Acho que estou bem segura. — Exceto com você, adicionou mentalmente. Ele era atraente demais. Olha só aqueles olhos lindos e aquela boca. Pergunto-me como seria beijá-lo. Não pense nisso, ordenou mentalmente aos seus pensamentos. Ele não se lembra.
Ombros largos se encolheram.
— Ainda está interessada em aprender alguma coisa sobre a reprodução entre as nossas espécies?
Aquela pergunta fez o seu coração correr instantaneamente.
— Você falou com o Sr. Fury e com a Srta. Brower? Eles mudaram de ideia sobre me permitir acesso a eles?
Empolgação ante a ideia de conversar com o casal que vivia junto foi imediata e forte. Poderia aprender tanto com eles. Estaria fazendo algo real ao invés de se sentar atrás de uma mesa esperando que pessoas cortassem os dedos com papel e viessem procurá-la.
— Eu adoraria convencê-los a fazerem uns exames simples.
— Não. — Ele deu um passo em sua direção. — Eles ainda não estão interessados. Eu só estava me perguntando se ainda esperava estudar o processo reprodutivo entre as nossas espécies.
Sua empolgação morreu.
— Estou muito interessada. Há outro casal do qual eu não tenha ouvido? Eu gostaria de ter a oportunidade de falar com eles se houver.
Ele deu outro passo, parando a apenas alguns centímetros de Trisha, fazendo com que percebesse que ele era uns trinta centímetros mais alto que ela. Imediatamente se sentiu intimidada pela sua altura. Uma lembrança dele prendendo-a debaixo do seu corpo enorme na cama do hospital cruzou sua mente. Engoliu com dificuldade e tentou não permitir que a atração que sentia se mostrasse em suas feições.
— Eu poderia ir para a sua casa. — Ele piscou. — Você poderia me examinar o quanto quisesse, Doutora. — Sua atenção desceu e ele fitou seus seios antes de encontrar seus olhos de novo. — Eu ficaria mais do que feliz em me voluntariar para mostrar pessoalmente como poderíamos transar. Estou disposto a uma hora de sexo sem sentido.
Trisha recuou um passo, abismada. Sabia que não deveria estar, já que ele já havia falado coisas piores para ela. Ele não lembrava, mas ela sim. Feria seus sentimentos que estivesse lhe oferecendo tão pouco, algo tão trivial, quando tinha se tornado a fixação dos seus pensamentos.
— Não, obrigada.
A pele próxima aos seus olhos enrugou com divertimento quando ele deu de ombros outra vez.
— Azar o seu. Sabe onde me encontrar se mudar de ideia. Eu acompanho você até em casa.
— Não, obrigada.
— Vou escolta-la até em casa. — Ele manteve sua expressão divertida. — Então ande, Doutora. Ou podemos ficar aqui. De qualquer forma, ficou com você até que esteja em casa. Laurann Dohnner Slade
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Trisha se virou e caminhou rapidamente pela calçada. Podia senti-lo atrás dela, mas ele não fez nenhum ruído. Para um homem grande, podia se mover muito silenciosamente. Ela virou a cabeça quando chegou ao seu pátio e ofegou pelo tão perto que ele estava de invadir seu espaço.
— Sã e salva. — sussurrou ele. — Tem certeza que não quer que eu entre, Doutora?
— Tenho certeza. — declarou Trisha com firmeza.
Suas mãos tremeram quando ela foi em direção a porta da frente. Ele tentaria entrar a força em sua casa? Pressionar a oferta de transar com ela? Destrancou a porta e se virou para dizer que fosse embora, mas ele havia desaparecido.
Trisha saiu pelo portão e olhou dos dois lados da calçada, mas ele não estava à vista. Franziu o cenho. Para onde ele desaparecia tão rápido? Ele a irritava imensamente. Ela se apressou para dentro e trancou a porta firmemente.
Jogou a bolsa na mesa de entrada quando foi em direção ao quarto.
Passou pelo desocupado quarto de hóspedes, lembrando que precisava comprar uma escrivaninha e algum armário para criar um escritório.
Olhou em volta do quarto. Odiava aquela cama enorme de colunas espessas de madeira que iam em direção ao teto. Ocupava espaço demais dentro do quarto. A casa tinha vindo mobiliada, mas nada tinha sido do seu agrado.
Tirou as roupas no caminho para o banheiro. Slade se lembra de mim? Ele poderia estar jogando algum joguinho doentio para ver se eu dizia alguma coisa. Simplesmente não tinha certeza. Ele era bem convincente se queria que acreditasse que nunca haviam se encontrado no passado.
Ligou o chuveiro e esperou alguns minutos para que a água esquentasse.
Entrou debaixo do jato de água quente com um suspiro. Por que estava atraída por ele? Não podia negar que ele exercia um forte apelo sobre ela. Talvez fosse curiosidade. Não tinha certeza dos seus motivos, mas toda vez que ele a olhava ela se lembrava da sensação brusca e quente de sua língua lhe provocando a garganta, do jeito que ele se movia contra ela com seu corpo enorme enquanto quase a fez gozar só esfregando o pênis nela, e a lembrança dos sons que fez. Os rosnados tinham sido sensuais.
— Lavagem cerebral. — suspirou.
Jogou a cabeça para trás e lavou o cabelo, raspou as pernas, e então saiu do chuveiro. Ouviu o ruído distinto. Sua calça estava zunindo dentro do quarto onde a havia largado quando tinha se despido. Trisha enrolou uma toalha no corpo para sair do banheiro. Abaixou-se, lutou com o tecido e tirou o celular de dentro do bolso.
— Dra. Norbit.
— Trisha, é Paul. Temos um problema. Você pode voltar?
— Estou indo. — Ela desligou e correu para a cama. Jogou o celular em cima dela e se virou. Deu um passo na direção do guarda-roupa antes de se chocar contra um corpo grande e sólido.
Trisha arfou. Duas mãos enormes agarraram os seus ombros nus quando levantou a cabeça. Ficou de boca aberta ante a expressão divertida de Slade. Seu corpo estava pressionado no dele, ele a segurava firmemente nos ombros, e seus lábios se curvaram em um sorriso.
— Não atendia ao telefone. Precisam de você no centro médico. Laurann Dohnner Slade
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— Você entrou na minha casa. — ofegou.
— Eu tenho as chaves de todas as casas. Sou da segurança. Você devia atender o seu telefone se não quer que venham atrás de você. Seu enfermeiro vem ligando há cinco minutos e finalmente nos chamou.
— Eu estava tomando banho!
Ele baixou o olhar.
— Estou vendo. Você fica bonita de rosa, Doutora. Ficaria melhor se essa toalha estivesse no chão. — O corpo dele estremeceu um pouco contra o seu quando sua atenção foi para os seus ombros. — É uma tentação lamber todas essas gotinhas d’água.
Seu coração martelou de surpresa e provavelmente de um pouco de excitação com a ideia dele fazendo exatamente aquilo. A expressão em seu rosto fez com que engolisse em seco. Porém, ele a soltou repentinamente e se afastou.
— Estarei esperando na sala. Apresse-se, Doutora. Alguém está ferido e precisamos que volte ao centro imediatamente.
Trisha observou o alto Nova Espécie deixar o seu quarto e fechar a porta ao sair. Levou-lhe vários segundos para se recompor do choque de encontrar Slade dentro do seu quarto e dele tocá-la. Tinha entrado em sua casa e a viu quase nua. Ela olhou para a pequena toalha que mal cobria o topo dos seus seios e ia até o meio das coxas. Forçou as pernas a se mexerem para o closet para pegar roupas rápido.
Ele a esperava na porta da frente. Seu cabelo gotejava, mas ela não ligava. Não tinha tempo de secá-lo. Saiu e se voltou para o homem enorme próximo à porta, observando-a.
— A fim de uma corrida, Doutora?
Trisha assentiu e desceu os degraus da entrada. Virou-se na direção do centro médico, preparando-se para correr, mas ao invés disso ofegou de repente quando Slade a colocou nos braços. Ele teve a audácia de mostrar os dentes quando lhe deu um amplo sorriso e piscou.
— Segure firme, Doutora.
Ele começou a correr pela rua. Chocada, Trisha jogou os braços em volta do seu pescoço para se segurar. Não podia acreditar que ele a carregava como se ela não pudesse alcançar a clínica sozinha
— Quase lá, Doutora. Cale a boca e aproveite o passeio. — Ele nem estava sem fôlego quando alcançaram o prédio. Parou e a colocou de pé com cuidado ao lado da porta. Piscou outra vez antes de se virar. — Vejo você quando tiver terminado. — disse por cima do ombro.
Trisha ainda estava sofrendo com o choque de suas ações quando entrou no centro. Havia uma área de espera que tinha sido separada por uma enorme bancada. Ela viu Paul inclinado sobre alguém deitado em uma cama na área aberta. Trisha esqueceu seus pensamentos sobre Slade e sobre o que tinha acabado de acontecer. Moveu-se rapidamente.
— O que temos?
Paul se virou.
— Laceração severa. Ele vai precisar levar pontos, Trisha.
A meia hora seguinte foi bem ocupada. Um dos secretários humanos do diretor de Homeland tinha cortado a palma da mão acidentalmente com uma faca de cozinha enquanto Laurann Dohnner Slade
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tentava fazer o jantar. Trisha limpou o corte, deu dez pontos, e pôs um curativo em cima. Deu-lhe remédios para dor e uma antitetânica. O centro médico tinha o seu próprio estoque de medicamentos e ela simplesmente lhe entregou os remédios que iria precisar. Observou-o ir embora.
Paul terminou de limpar.
— Você fez um ótimo trabalho, Trisha. Duvido que ele vá ficar com uma cicatriz.
— Obrigada.
— Eu cuido do resto. Vá para casa. Preencho a papelada. Pode ir.
— Desculpa por não atender o telefone. Eu estava tomando banho.
Paul sorriu.
— Estou vendo. Você precisa pentear o cabelo. Está meio que um emaranhado de cachos molhados.
— Boa noite. — ela suspirou, saindo do prédio.
Ficou aliviada quando não viu Slade em lugar algum. Andou uns dez passos antes de sentir sua presença. Parou e se virou para vê-lo andar pela calçada, movendo-se na sua direção. Ele sorriu quando seus olhos se encontraram.
— Pronta para a minha escolta?
— Eu consigo achar o caminho sozinha, obrigada. Eu tenho trinta anos. Já sei chegar em casa.
— Nunca se é cuidadoso demais hoje em dia, Doutora. Nunca se sabe que tipos de animais estão rondando por aí.
Ela olhou para ele. Como você? Não disse isso em voz alta, mas ficou tentada. Continuou andando. Desta vez ele ficou ao seu lado. Ela teve que andar rápido para acompanhar suas pernas maiores.
Eles chegaram ao seu pátio e Trisha se virou para estudar o homem que a espiava. Destrancou a porta da frente e a abriu somente o suficiente para que o seu corpo passasse. Virou-se, encarou Slade e entrou na segurança de sua casa.
— Nunca mais entre na minha casa de novo. O que teria feito se eu ainda estivesse no chuveiro?
Ele sorriu.
— Entrado lá para lhe dizer que precisavam de você e lhe passaria uma toalha menor do que a que você estava. Talvez uma de rosto. — Seu olhar varreu seu corpo devagar e ele sorriu ainda mais. — Ou uma flanela.
Ela ficou tensa.
— Você gosta de me perturbar, não é?— Ele apenas deu de ombros, ainda sorrindo.
— Tem alguma razão em particular ou eu sou especial?
O sorriso se apagou.
— Talvez eu também esteja interessado em lhe mostrar como nossas espécies se reproduzem.
— Bem, ache outra pessoa para atazanar.
Ele encolheu os ombros. Laurann Dohnner Slade
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— Por mim tudo bem. Se não está interessada, é só isso. Eu só estava procurando uma parceira de cama, mas não vou incomodá-la de novo. Devia ter aceitado minha oferta, Doutora. — Estreitou os olhos. — Eu só queria algumas horas de sexo para responder todas as perguntas que você tem. Você é bonita o bastante para eu achar que podia valer a pena meu tempo. Boa noite, Doutora.
Ele se virou em direção ao portão. Estava a meio caminho da calçada quando ela abriu a boca.
— Só algumas horas, é? E bonita? Da última vez você me chamou de linda.
Trisha permitiu que sua raiva fluísse.
— Da última vez ofereceu transar comigo por dias, 215. Eu devia me sentir insultada?
Ele se virou. Ela reconhecia choque quando o via e ele se espalhava pelos seus belos traços. Aquilo respondia a sua pergunta. Ele realmente não se lembrava dela. Olhou-o com raiva.
— Eu acho que gostava mais de você quando estava se recuperando no meu hospital. Era mais atraente meio morto do que é completamente saudável. É mesmo uma pena.
Ela bateu a porta com força no segundo que ele deu um passo em sua direção. Ela girou a fechadura, esmurrando o botão de travamento.
— Doutora? Abra a porta. — Ele rosnou as palavras do outro lado da porta.
— Boa noite, Sr. Slade.
Ele girou a maçaneta, mas a fechadura segurou. Ela ouviu barulho de chaves. Ele tentaria abrir sua porta? Mordeu o lábio.
— Eu vou chamar a segurança. — ameaçou. — Lembra-se deles? Eles foram bons contendo você antes mesmo que tenha dito que ninguém viria me salvar.
Ele murmurou um palavrão.
— Você é a médica do hospital, não é?
— Oh, então você lembra-se de mim. — Ela se inclinou na porta.
— Seu cabelo está diferente.
Ela tocou o cabelo molhado. Tinha tentado ser ruiva no ano anterior quando trabalhava no hospital onde haviam se conhecido. Agora tinha voltado à sua cor natural, um loiro mel.
— Essa é a minha cor natural. Eu decidi que não queria mais pintar de vermelho.
— Abra a porta e fale comigo. — Ele rugiu a ordem. Trisha ficou tensa quando somente o silêncio respondeu sua pergunta. Ele tentaria entrar na sua casa de outro jeito? Por que ele se importava se ela era a mesma mulher a quem tinha acossado um ano antes? Prestou atenção, mas não ouviu nada do outro lado da porta.
— Sr. Slade?
Ele não respondeu. Trisha finalmente saiu de perto da porta e correu pela casa para garantir que todas as janelas estivessem trancadas. Ela relaxou, certa de que ele foi embora, e não planejava importuná-la. Entrou no quarto e apagou a luz. Dormiu de calça de moletom só em caso dele voltar e decidir surpreendê-la com outra visita inesperada.
— Por que? Para que possa me insultar mais? Ser um pouco mais idiota?
* * * * * Laurann Dohnner Slade
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Slade pressionou a cabeça na porta, os olhos fechados, e ouviu a doutora se afastar. Ainda estava chocado que a mulher que acabou de insultar e de irritar era a mesma que o atormentava todas as noites desde que o libertaram.
A Dra. Trisha Norbit havia mudado a cor do cabelo, deixado que crescesse. Estava bem drogado quando acordou dentro do hospital humano, mas deveria ter reconhecido seu cheiro ou identificado àqueles lindos olhos azuis dela assim que os viu outra vez. A lembrança deles o deixava com vontade de chutar o próprio traseiro por não ter feito a ligação.
As drogas deles realmente o afetaram tanto assim?
Em sua defesa, ele nunca soube o nome da mulher que tinha prendido debaixo de si na cama pequena do hospital, mas tudo mais nela permanecia intacto. Seu corpo curvilíneo preso sob o dele, o gosto da sua pele na sua língua, e o cheiro de sua excitação o atormentando. Teve certeza que ninguém viria salvá-la, que ela seria sua por quanto tempo quisesse, e que gozaria com a ideia de fazê-la desejá-lo tanto quanto a desejava. Então tudo tinha se transformado num inferno. Humanos invadiram o quarto, o drogado, e a levado embora.
Conteve um rosnado. Tinha fodido com tudo. Tarde da noite, antes de dormir, ele sempre pensava nela, na sua ruiva sensual. Tirou a cabeça da madeira fria, abriu os olhos e olhou com raiva para a casa em que ela se escondia. Tinha fantasiado em encontrá-la, colocá-la debaixo de si de novo, e terminar o que tinham começado. Planejou como encantá-la, estudado táticas românticas humanas na esperança de ganhá-la se esse dia alguma vez chegasse.
A dra. Trisha Norbit o odiava. Também não podia culpá-la. Tinha sido um filho da puta com ela de propósito, na maior parte do tempo. O irritou se sentir atraído por ela mesmo tendo a fantasia de uma mulher presa dentro da cabeça. Parecia quase uma traição à memória da sua ruiva de fantasia toda vez que seu corpo respondia à Dra. Norbit.
O destino sempre fazia piada com ele. Adentrou na escuridão. Tinha acabado de perder toda a esperança de alguma vez tê-la em sua cama. Parou para olhar outra vez para a casa. Sua raiva se transformou em tristeza. Fantasias eram para tolos. Aprenda a sua lição e fique bem longe dela. Laurann Dohnner Slade
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Meu nome é ensolarado dos Estados Unidos. Desejo
ResponderExcluircompartilhar meu testemunho com o público em geral sobre
Um grande lançador de magias chamada (Dr.midnight) tem feito por mim,
este Templo
ter apenas trouxe de volta o meu exemplo perdida
amante para me withtheir grande obra mágica, eu estava namorando esse homem chamado
Steven Nós ficamos juntos por um longo
Tempo e nós amamos a nossa auto de mas quando eu era incapaz
para dar-lhe um filho homem para 5 anos, ele me deixou e disse
me que ele não pode continuar mais, então eu estava agora
procurando maneiras de obter de volta e engravidar Além disso, até que um amigo
meu contou-me sobre este templo e me deu seu e-mail de contato,
então você não vai acreditar nisso quando entrei em contato com eles em meus problemas Eles
preparou os itens e lançar o feitiço para mim e trazer o meu marido perdido
para trás, e depois de um mês em falta do meu fluxo mensal e ir para um teste e
Os resultados afirmou que eu estava grávida, estou feliz hoje sou uma mãe de
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(11) se seus menstrual se recusam a vir
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(12) se o seu trabalho se recusam a pagar-lhe, Pessoas
devido você?.
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(15) Deixe que as pessoas obedecem as minhas palavras e fazer o meu
desejar
(16) Você tem uma baixa contagem de esperma?
(17) Caso resolver
(18) Você precisa de ajuda para ganhar na loteria? E.T.C
Contate-los em seu e-mail ou dr.midnight5@gmail.com
Eu acho engraçado que a maioria dos conflitos pessoais desses livros se resolveriam com uma conversa clara e sensível sksksksk
ResponderExcluirRealmente seria muito mais fácil se eles conversassem kkkkkk
Excluirna estoria não tem como ter dialogo com eles direito. eles não são de falar muito e nem sabem conversar direito ja que passaram a vida toda presos
Excluir