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Tim Oberto estava com muita raiva.
— Por que infernos isto está demorando tanto? — Tiger, o chefe de segurança da ONE, olhou o homem com seriedade.
— Perdemos o sinal.
— Como diabos isso pode acontecer? — Tim andava de um lado para o outro como um ani-mal enjaulado. — Eles levaram minha filha.
Tiger sabia como era andar daquele jeito. Foi enjaulado. Viu o macho humano e pode enten-der sua preocupação. Tiger sentiu essa emoção também. Não conhecia a filha do homem, Rebecca Oberto, mas conhecia Brawn.
— Temos que pesquisar a área e isso está levando tempo. Você tem seus homens aqui fora também, indo para cada edifício. — Tiger respirou fundo. — O sinal estava ativo pela última vez nesta seção e têm de estar dentro do raio de um quilômetro. É uma área industrial perto de cente-nas de edifícios. — Tim girou.
— Você conhece esse homem, certo? Este Brawn? Quero que você me conte tudo sobre ele agora. Ele está com minha filha.
— Brawn é um membro do conselho. Ele...
— Explique sobre este conselho para mim. — Tiger respirou fundo novamente.
— Cada uma das quatro instalações de teste das quais fomos resgatados, um Espécie foi no-meado para representá-los depois que Justiçe foi eleito para liderar. Sabíamos que ele estaria ocu-pado lidando com o mundo exterior e tentando lidar com o nosso povo também. Alguns humanos sugeriram que cada conjunto de sobreviventes das instalações de teste tivesse um porta-voz para representar as suas necessidades e problemas. Eles mantêm a par todas os Espécies do laboratório e informam à Justiçe se houver algum problema. Brawn foi escolhido por sua capacidade de man-ter a calma sob pressão, suas habilidades de luta e sua inteligência. Ele é conhecido entre o meu povo por ter senso de humor e ser muito sensato.
— Suas habilidades de combate não salvaram a minha filha. — Tim se enfureceu. — Se ele fosse bom nunca os teriam levado. — Tiger imediatamente tomou a ofensa.
— Ele nunca teria sido capturado, se não estivesse protegendo sua filha. Poderia ter fugido e a deixado. Ele é felino. Poderia facilmente ter saltado para o telhado pela janela ou para o chão abaixo sem ferimentos. Acreditamos que ele foi misturado com leopardo. Eu mesmo já cacei com ele e é muito rápido. Já lhe disse que havia pelo menos seis homens dentro da casa de sua filha e você viu o corpo. Ele lutou, mas tinham drogas. Não fugiu, porque ficou com sua filha. Não se atre-va insultá-lo.
Trey Roberts limpou a garganta.
— Senhores, acalmem-se todos, por favor. Isto não está ajudando. — O homem sentado na frente de um notebook xingou de repente. Virou o rosto para seu chefe, Tim. — Tenho notícias muito ruins.
— O que foi? — Tim respondeu tenso.
— Foi difícil, mas consegui rastrear as finanças do homem morto. Estava recebendo depósi-tos regulares de uma empresa de fachada. Fui capaz de rastrear a verdadeira fonte de dinheiro. — Laurann Dohner Brawn
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Sustentou o olhar de Tim. — As Industrias Mercile está por trás disso. O dinheiro é proveniente de uma verba para suborno. Todos os depósitos na conta foram feitos por seus investidores. O ho-mem morto estava sendo pago por eles. — Tim fechou sua mão em punho e sacudiu a cabeça para Tiger.
— Por que eles querem a minha filha quando mataram os meus vizinhos? Por que mantê-la viva?
Tiger ficou tenso enquanto estudava Tim, tentando julgar se o homem poderia lidar com a verdade sem entrar completamente em descontrole. Tiger respirou fundo.
— É preciso atribuir um de seus homens para lidar com a força-tarefa. Você está muito en-volvido emocionalmente.
— Não! — Tim gritou.
Trey subitamente estendeu a mão e segurou o braço de Tim. — Ele está certo. Você pode fi-car, mas você tem que renunciar desta vez. Sei que está perdendo o raciocínio. Estamos falando de Becca, Tim. Entendo, mas você precisa me deixar assumir desta vez. — Tim xingou ferozmente.
— Por quê? — Tiger hesitou.
— As Industrias Mercile pegaram outro humano, uma vez que havia uma associação com um macho da Espécie. Tenho medo, se eu te contar e você estiver liderando isso aqui, você vai ficar irracional. Não posso informá-lo sobre fatos com você ser um pai e se tornar instável. — Tim ficou tenso e raiva o consumiu.
— O que você acha que vão fazer com a minha filha? — Tiger hesitou.
— Passe a missão para o seu segundo em comando e compartilho as informações que sabe-mos. — Tim se virou e deu um soco no interior da van. Balançou a cabeça para Trey.
— Você está no comando. — Trey assentiu com a cabeça e olhou para Tiger. — O que você acha que está acontecendo? — Tiger hesitou.
— Você é muito próximo da filha dele? — Trey assentiu.
— Sim, mas sou mais racional e objetivo. Becca e eu somos amigos, mas posso ficar de cabe-ça fria.
Tiger considerou com cuidado e viu um controle calmo ali. Balançou a cabeça, mas se con-centrou no pai da fêmea desaparecida. — Uma fêmea humana foi sequestrada recentemente por um médico da Mercile e sua equipe. Ela estava se relacionando com um do meu tipo. Uma vez que Rebecca estava com Brawn, poderiam ter pensado que ela era sua parceira. Eles não têm o nosso olfato aguçado, o que tornaria óbvio para um de nós que ela dormia em sua cama sozi-nha. Só acabou no quarto dele por causa do ataque. Ele a colocou dentro de seu banheiro, porque teriam que lutar com ele para chegar até ela lá. — Trey assentiu.
— Rebecca não é do tipo que salta para a cama com alguém.
— Brawn não tocaria uma humana também. Ele gosta de nossas mulheres e foi muito claro sobre não ter interesse sexual em suas fêmeas.
— Basta nos dizer por que você acha que levaram a minha filha e por que só estou ouvindo sobre essa outra mulher que foi sequestrada agora. Tenho de ser informado de todos os proble-mas que surgirem e minha equipe deveria ter sido chamada se alguma companheira foi sequestra-da. — A voz de Tim tremeu. Tiger hesitou. Laurann Dohner Brawn
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— Lidamos com a situação e não queríamos chamá-lo, a menos que realmente precisásse-mos. Levaram a outra humana para procriar com um Espécie que roubaram da Mercile antes da instalação de teste que trabalhavam ser invadida por vocês. A queriam porque estava dormindo com um Espécie. O médico presumiu que, já que um Espécie poderia levá-la para a cama, um outro da minha Espécie a pegaria, sem matá-la, talvez acreditando que porque carregava um dos nossos cheiros masculinos no corpo iria deixá-la irresistível. Provavelmente levaram sua filha viva para ela procriar com um macho dos Espécies. Querem ver se uma fêmea humana pode engravidar do meu tipo. — Tim empalideceu e recostou-se no interior da van. Balançou a cabeça. — Não.
Tiger acenou com a cabeça severamente.
— Eles colocaram a outra fêmea humana em uma cela com um macho da Espécie que nunca foi libertado, mas ele não a tocou. Podia sentir o cheiro do parceiro dela e a protegeu como se ela fosse Espécie. Estamos esperando que Brawn seja o único macho que eles tem e é por isso que vieram atrás dele. Ela deve estar segura se esse for o caso.
— Deve estar?
Tiger hesitou.
— Nos forçavam a acasalar com nossas fêmeas. Quando nos recusavam machucavam a fê-mea até que concordássemos em acasalar ou usavam drogas para levar o macho a um estado sem sentido onde ficaria sem opção. — Tiger hesitou novamente. — Se isso acontecer e usarem as dro-gas, sua filha não iria resistir bem, se não fosse morta. Nossas fêmeas mal sobreviveram a uma procriação forçada. Os machos perdem a capacidade de controle ou de pensar. Depois o macho não vai nem lembrar o que fez. Não seria responsável por suas ações. Você já ouviu falar de uma droga de estupro? Isto é semelhante só que o macho fica agressivo e seu corpo fica em dor tortu-rante, a menos que acasale com uma fêmea. As drogas fazem seu animal interior sobressair.
— Eu vou matar esses filhos da puta. — Tim cerrou os dentes. — Você está dizendo que acha que levaram os dois para forçá-lo a estuprar minha filha? — Tiger assentiu.
— Ele não vai machucá-la se não usarem as drogas e vai se recusar a ter relações sexuais, a menos que ameacem matá-la ou torturá-la. Brawn sabe que estamos tentando localizá-lo se não encontraram o dispositivo. Ele conseguiu esconder o dispositivo de rastreamento na moeda, deu tempo suficiente para nos levar a esta área. Fará de tudo para mantê-la viva se puder. — Trey sua-vemente xingou.
— Você conhece esse homem bem assim?
Tiger assentiu.
— Sim.
— Se ele for forçado a, uh, tocá-la, ele não vai machucá-la? — Tiger deu-lhe um olhar since-ro.
— Ele não faria isso. Brawn é muito resistente ao tocar uma fêmea humana. Não tem inte-resse nelas. Tenho mais medo de que quem os levou usarem drogas. Esse é o meu maior medo.
— Ele a mataria? — Tiger deu de ombros.
— Vai depender de que drogas usarem. Disse como elas funcionam. Ele não seria responsá-vel pelo o que acontecesse se estiver fora de controle. — Tiger estudou Tim. — Se esse for o caso, seria um acidente, se a matasse ou se machucasse seriamente sua filha. Ele é uma vítima tam-Laurann Dohner Brawn
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bém. É por isso que você tinha que renunciar. — Olhou para Trey. — Se você não puder garantir a segurança dos seus homens se o drogaram e o pior aconteceu, é preciso dizer agora. Sua força-tarefa será removida desta missão. É por isso que insistimos em vir para cá com a nossa própria equipe. — Trey parecia sombrio.
— Se tiver drogado ele a estupraria, não é?
— Drogado ele não seria ele mesmo. Estaria fora de seu juízo e em agonia. Seria como se al-guém o injetasse drogas que te deixasse tão louco que não teria nenhuma lembrança do que fez. Você ficaria com tanta dor que iria transformá-lo em um animal irracional. Quando acordasse mais tarde, ficaria horrorizado por ter machucado alguém. Entende?
Trey assentiu.
— Ele não vai ser prejudicado, não importa o que aconteça. Dou a minha palavra.
Tiger assentiu.
— E quanto a seus homens? Se encontrarmos o pior eles vão reagir e matá-lo? — Trey suspi-rou.
— Vou conversar com eles agora. Juro que não vamos matá-lo, independentemente das cir-cunstâncias.
— Há mais uma coisa.— Tiger fez uma pausa. — Você se lembra da batida policial no Colora-do nas instalações de teste que derrubamos? Temos conversado com os nossos recuperados. Não resgatamos todos eles. Há cerca de duas dúzias de machos e uma fêmea que ainda estão desapa-recidos e podemos encontrá-los lá. Podem ter levado a filha de Tim para outro macho Espécie cru-zar. Você também não pode matá-los, mesmo se encontrar o corpo da filha dele dentro de uma de suas celas. Mas, se outro da minha espécie, prejudicou a filha dele ou se foi morta sem o macho estar drogado, eu mesmo acabo com ele. Alguns espécies foram levados à loucura e podem estar além da salvação. — Trey acenou com a cabeça tristemente.
— Entendido. Vou atualizar meus homens que esta poderá ser uma operação maior do que pensávamos e que não importa o que encontrarmos, você está no comando de seu povo que está lá dentro.
Trey levantou-se calmamente para ir falar com as suas equipes que ainda procuravam nos edifícios com mais vinte homens Espécies que apareceram para ajudá-los a procurar o casal desa-parecido.
Tim saiu da van e começou a bater o exterior do veículo com os punhos. Tiger calmamente observou as marcas aparecerem dentro da van e compreendeu a raiva do pai. Saiu da van e espe-rou Tim se acalmar. Eventualmente ele se acalmou e Tiger viu a dor nos olhos do humano.
— Brawn fará qualquer coisa que puder para protegê-la.
— Isso é minha culpa. O levei para sua casa. Eu fiz isso.
— A Indústria Mercile fez isso, contratando pessoas más que não têm respeito pela vida. Eu os odeio, Tim. — Ele balançou a cabeça.
— Temos que encontrar a minha filha e seu homem.
— Vamos encontrar. O sinal foi perdido nesta área. Só está levando tempo, porque há tantos prédios onde poderiam estar escondidos. Pela manhã terão vasculhado cada um e tenho certeza Laurann Dohner Brawn
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que estão por aqui. Teriam destruído o dispositivo de rastreamento muito antes de os trazerem para esta área, se estivessem cientes de sua existência.
— Você não pode cheirá-los de jeito nenhum? — Tiger balançou a cabeça.
— Não sentiria seus cheiros do lado de fora a menos que eu esteja perto de um edifício e uma brisa esteja vindo em minha direção. Nossos machos estão com suas equipes, são alguns dos melhores caçadores que temos e tenho fé que vão localizá-los. A espera é o mais difícil, enten-do, mas saberemos pela manhã, com certeza. Você só precisa aguentar até lá.
— Isso é minha culpa.
— Nós já passamos por isso.
— Deveria ter feito ela sair de casa ou ter ido para casa depois do meu encontro. Deveria ter me certificado de que ela estava dormindo em seu quarto antigo. Eu... — Tiger agarrou seu om-bro.
— Você teria morrido também, se estivesse em casa. Eles foram bem treinados para levar um dos nossos machos. Não quero ofendê-lo, mas somos mais fortes e mais rápidos. Se Brawn não teve chance, você não teria também.
A voz de Tim se encheu de emoção.
— Só quero pegar minha filha de volta viva.
* * * * *
Brawn pulou acordado quando ouviu um barulho. Instantaneamente apertou Becca, que es-tava enrolada em seus braços. Respirava lentamente, dormindo profundamente. Sua mão repou-sava ao redor de seu braço e estudou seu rosto enquanto cheirava o ar. Sem o cheiro ruim de seu inimigo ofendendo seu nariz. Estavam atualmente seguros de danos.
Ela era linda. Nunca pensou que iria encontrar uma humana tão atraente, mas ela era. Era tão diferente de sua espécie. Seu nariz não era achatado, apenas uma bonita elevação no rosto. Os ossos de seu rosto eram mais suaves, não eram dominantes. Sentia pequena e frágil em seus bra-ços e poderia quebrá-la facilmente se não tivesse cuidado.
Seu corpo reagiu de imediato, quando ela se moveu um pouco e esfregou sua coxa contra ele. Não estavam nus, mas só de estar perto era o suficiente para fazer seu pau endurecer e alon-gar entre seus corpos. Queria montá-la novamente. Fazer sexo com ela era diferente e maravilhoso. Ela era tão suave e firme. Tão molhada, quente e frágil. Reprimiu um gemido.
As lembranças dos sons feitos por Becca enquanto a montava fez seu desejo de pegá-la no-vamente crescer mais forte. Fisicamente doía para estar dentro dela novamente, mas ela ficou dolorida e provavelmente ainda estava. Deveria ter sido mais gentil, mas o recebeu tão bem que não conseguia parar com a necessidade de sentir cada centímetro do seu pau se enterrando no calor macio e apertado de seu sexo, que o cobriu perfeitamente.
Seus ombros queimavam um pouco onde as unhas haviam cravado em sua pele durante o seu encontro apaixonado. Olhou para a mordida que ela deixou no seu peito e lamentou que não tivesse deixado cicatriz. Ela tinha dentes delicados e planos, mas foi uma boa sensação quando os Laurann Dohner Brawn
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afundou o suficiente para causar uma dor leve. Nenhuma fêmea o havia marcado e estava feliz por ela tê-lo marcado. Só lamentava que esse lembrete não fosse permanente.
De repente entendeu como Justice e os outros machos dos Espécie conseguiam ter uma companheira humana. Elas não eram tão fortes quanto as fêmeas dos Espécie, mas sua suavidade e respostas felinas agarravam um homem dentro de seu peito. Seu olhar voltou a estudar seu ros-to. Era incapaz de parar de olhar. Duvidava que jamais seria capaz de parar de olhá-la.
Ergueu a mão para acariciar seu suave cabelo ruivo e alguns deles enrolaram ao redor de seu dedo. Era muito curto, apenas passava dos ombros e queria vê-lo crescer mais, até seu trasei-ro. Fantasiou enrolando seus dedos através dos fios longos que poderiam se espalhar pelo seu es-tômago quando sua cabeça repousasse em seu peito enquanto dormia. Seus dedos roçaram seu rosto.
Ela é toda suave. Seu corpo não era musculoso como suas mulheres eram. Tudo nela era des-conhecido e ainda queria abraçá-la para sempre. Protegê-la. Mantê-la. Sua mão parou de alisar sua pele e fechou os olhos.
Era um Espécie e não pensava em mulheres humanas, desejando que pudesse estar com ela tempo suficiente para o cabelo crescer para até a cintura. Não haveria futuro com Becca, porque estavam no inferno, capturados e confinados pelos monstros que o atormentaram na maior parte de seu vida. A feiura deles tocou a única coisa bela e perfeita em sua vida e a segurou um pouco mais apertado.
Sabia que deveria esperar que fossem resgatados, mas a sua esperança tinha morrido. Nunca diria a Becca, esmagar o seu espírito dessa maneira, mas muito tempo tinha se passado. Mesmo que um milagre acontecesse duas vezes em sua vida e alguém viesse libertá-lo da gaiola, prova-velmente a perderia para sempre. As lembranças do que fizeram seriam ofuscadas pelo hor-ror. Nunca seria capaz de olhar para ele sem reviver o pesadelo.
Outro ruído suave chamou sua atenção, seus olhos se abriram e virou a cabeça. O macho dos Espécie na outra gaiola estava fora da cama e ficou observando-o silenciosamente. Brawn cuidado-samente desprendeu seu corpo do de Becca. Usou o cobertor para mantê-la aquecida, a cobriu e se moveu para o canto mais próximo da outra gaiola.
— Você está bem? Sou Brawn.
O macho inclinou a cabeça, olhou para ele confuso e entendeu. — Quando fiquei livre de Mercile eu escolhi o nome. — Se recusou a dizer o seu número antigo, havia jurado nunca dizer ou ouvi-lo novamente e temia que o macho pudesse tentar tratá-lo como tal.— Você consegue fa-lar? É o 919, correto?
— Sim. — O macho respondeu asperamente. Seu olhar desceu para Becca, um grunhido sua-ve veio de sua garganta e raiva torceu suas feições. Brawn moveu-se, bloqueando sua visão da ca-ma e segurou as barras. — Calma. Ela não é o inimigo.
— Todos eles são.
— Nem todos. Alguns humanos são bons. Eles me libertaram e muitos outros das instalações de teste. — Manteve sua voz baixa. Os machos que trabalhavam para a médica acreditavam que era seguro falar em voz baixa então imaginou que provavelmente era. — Há quanto tempo você está aqui? Você sabe? — O macho encolheu os ombros. Laurann Dohner Brawn
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— Um tempo. — Brawn compreendeu. Era fácil perder a noção do tempo, sem luz para mos-trar o passar dos dias. Seu olhar se dirigiu para a outra gaiola para o macho que dormia que não havia acordado, desde que chegaram.
— Quem é ele? — 919 olhou para a figura. — 358 está em má condição. Respira, mas está enfraquecido. O testaram por dias seguidos com drogas demais e na insanidade se machucou mui-to se batendo nas paredes. — Olhou para Brawn. — Ele vai estar fisicamente bem, mas quando o efeito das drogas passarem, temo que sua mente não ficará bem.
— E o que é isso que eu cheiro?
— 880. — Raiva tencionou o corpo do macho. — Eu não o conhecia e havia uma mulher com ele. — Alarme tomou conta de Brawn.
— Humana?
— Uma de nós. — O homem revelou suas presas quando rosnou, mostrando suas caracterís-ticas caninas. — A mataram na frente dele como punição. Estavam aqui antes de nós sermos trazi-dos. Nunca falei com ela e a mantinham lá atrás. — Apontou para a parede de concreto bloquean-do a sua visão do fundo da sala. — Podia ouvi-los conversar suavemente e se importava com ela. Acho que ela estava doente. Quando o homem a matou, ele enlouqueceu.
Brawn lamentou a perda. Se perguntou se estes eram alguns dos Espécies que faltaram na instalação de testes de Colorado, que estavam desaparecidos. Uma mulher estava na lista. Seus números não eram conhecidos por ele, mas leu os relatórios.
— Ele não fala?
— Não comigo, mas a mataram logo depois que chegaram. — Rosnou. — Ele uivou por dias, se machucou e o cheiro de sangue era forte. Tiveram que drogá-lo devido a seus ferimentos gra-ves. O vi desmaiar algumas vezes. Tiveram que drogá-lo para movê-lo. Acredito que tentou acabar com a própria vida usando as barras. — O macho as tocou. — Sua mente já era. Isso acontece.
Brawn sabia disso muito bem. — Houve outros? — O macho balançou a cabeça.
— Não até você e ela.
— Você já ouviu a palavra Colorado?
— Não.
As portas duplas se abriram e dois humanos entraram no recinto. 919 rosnou, se afastou das barras e começou a andar. Brawn se aproximou de Becca, observando o inimigo com pavor.
Se aproximaram da outra jaula e 919 rosnou mais alto, recuou o máximo que pôde e os hu-manos riram quando puxaram suas armas.
— O que há de errado? — O homem loiro riu. — Você tem algum problema em ser sugado por uma máquina? Queria que meu pau tivesse esse tipo de ação tanto quanto o de vocês. — O outro mirou a arma de choque.
— Eles são uns animais. O que você esperava? Ele é muito estúpido para apreciar seu pau ter tanta ação. Não é como qualquer um de nós que têm que ter permissão para sair daqui e caçar alguma vagina. Pegaria um brinquedo qualquer dia em comparação com a minha mão.
Tinham como alvo o macho que uivou quando os volts atravessaram seu corpo e ele caiu no chão. Brawn rosnou, odiava assistir o macho ser derrubado e uma mão macia agarrou seu bra-ço. Quase bateu em Becca por puro reflexo, mas sua mão parou centímetros do seu rosto. Laurann Dohner Brawn
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Olhos grandes e aterrorizados o olharam e ele xingou. Não sabia que havia acordado. Deixou a sua mão cair e observou quando os humanos atiraram outro dardo de choque no macho já so-frendo. Sacudiu e se contorceu até que desmaiou. Os homens abriram as correntes da porta e en-traram na jaula. Pegaram o 919 pelos seus braços, o arrastaram para fora e o levaram embo-ra. Brawn não relaxou até as portas se fecharem. Virou-se para pedir desculpas, olhando para Bec-ca e odiando ter causado medo.
— Sinto muito. Você me assustou, quando eu estava estressado.
O coração acelerado de Becca diminuiu.
— Está tudo bem. Deveria saber melhor do que isso. Meu pai é militar e sim, nunca chegue de surpresa em alguém com qualquer tipo de treinamento. — Se aproximou e estremeceu. — Aquele pobre rapaz.
— Você está fria.
Becca sorriu, tocada por ele estar tão preocupado.
— Estava realmente quente até que você levantou. Você libera uma grande quantidade de calor.
— Deite-se. — Tentou insistir que voltasse para a cama, mas se abaixou a seu redor, cami-nhou até as barras e olhou para as portas duplas, para onde levaram o outro homem.
— Precisamos dar o fora daqui. — Sussurrou. — Se você não vai seguir meu plano, vamos pensar em outra coisa. Todos precisamos ser salvos.
— Becca, é muito perigoso.
Becca girou para enfrentá-lo e cruzou os braços sobre o peito.
— Estar aqui é perigoso. Esses monstros precisam ser impedidos.
Brawn se aproximou dela.
— Concordo, mas vão te matar e essas barras são grossas. — Segurou as duas mãos e a en-volveu com os braços. — Você não vai arriscar sua vida.
Seu olhar se estreitou, mas selou seus lábios. Estava determinado a mantê-la segura, mas era uma ilusão. Embora fosse uma boa ilusão, silenciosamente admitiu, olhando com seu olhar sexy. Becca mordeu o lábio, a lembrança daquilo que fizeram antes, a fez dormir com a mente fresca e decidiu que ser mantida em cativeiro não era totalmente horrível. É claro que descobrir que estrelou um filme pornô ao vivo para o benefício dos guardas, esse não foi o ponto alto.
Isso a lembrou que isso não poderia acontecer novamente, não importava o quanto o quises-se. Teriam que escapar primeiro e depois ... O quê? Será que veria Brawn de novo? Será que per-maneceria em sua casa ou retornaria a Homeland?
O pensamento de nunca vê-lo novamente foi um péssimo pensamento. De repente, deixou cair os braços e deu um passo contra ele, dobrou a cabeça e descansou sua bochecha contra a sua pele quente. Seu coração batia forte em seu ouvido e o abraçou.
— Estou congelando. — Mentiu. Sólidos braços musculosos a envolveram mais apertada-mente.
— Vou mantê-la aquecida.
Becca queria que ele a abraçasse enquanto fosse possível. Embora fizesse mais do que man-ter o frio afastado. Estava se apaixonando por ele. Laurann Dohner Brawn
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É triste quando se perde a esperança 💔
ResponderExcluir😓😓
ResponderExcluirJá estou me acostumando há sempre ter essa fase que os casais o a mulher é sequestrada(os) mas no final fica tudo bem😁😁😁😁 Mas é uma espera interminável para que a parte boa e doce venha😣😣😣😣😣😣
ResponderExcluirSó tô imaginando, no próximo casal quem vai sequestrar eles?? Os filhos da puta da Mercile ou os filhos da puta dos grupos de Ódio??🧐🤔🤨🧐🤔🤨🧐🤔🤨🧐🤔🤨🧐🤔🤨🧐🤔🤨🧐🤔🤨🧐🤔🤨
ExcluirVerdade kkkkk
ExcluirA pessoa já espera isso kkkkkk
ExcluirNé kkkķkkk tô esperando já
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