quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Capítulo 15

CAPÍTULO QUINZE ÍI
Brawn entrou na sala, o olhar focado sobre ela e sua mão disparou para trás para agarrar a porta. Fechou-a com eles dentro. Seus lábios se separaram, estava um pouco sem fôlego e um gru-nhido suave saiu dele.
— Becca.
— Fique longe. — Sua voz tremeu e sentiu terror.
Seu olhar desceu para seu corpo para sua barriga saliente. Era óbvio que estava grávi-da. Rosnou alto, um som feroz. Recuou novamente e o som da fechadura sendo torcida era inegá-vel. Deu um passo mais perto, ameaçador. Laurann Dohner Brawn
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Agarrou a mesa para impedir cair. — Por favor não machuque a mim ou ao bebê, Brawn. Sei que você está furioso, que não quer ter este bebê, mas é meu. Eu o amo.
Os olhos dele se arregalaram, empalideceu e outro rosnado rasgou de seus lábios separados.
— Você acha que eu iria machucar você ou meu filho? — As palavras saíram duras, em tom áspero.
— Você está irritado. — Largou a mesa e com uma mão protetora se curvou sobre a barri-ga. — Não quero nada de você, certo? Nem sequer queria estar aqui, se alguns de seus homens não tivessem me trazido para cá contra minha vontade. —
Respirou fundo, seus olhos se estreitaram e deu mais um passo.
— Nunca machucaria você ou a criança. Por que você se recusou a me ver? — Engoliu em se-co.
— Não há nenhuma razão para termos que passar um tempo juntos. — Seus olhos abaixaram para seu estômago.
— Nenhuma razão? — Respirou calmante.
— Não tenho nada a dizer. Por que ver um ao outro? Isso aconteceu e só temos de lidar. Vou ter meu bebê. Me desculpe se isso te perturba, mas sinto muito. —
Os punhos dele se fecharam.
— Seu bebê? Tente nosso bebê.
Becca estava com medo, vendo como estava furioso naquele momento.
— Você pode ver o bebê a qualquer momento que desejar. Fui informada de que preciso fi-car aqui, mas vamos evitar um ao outro. Depois que o bebê nascer, vamos trabalhar os direitos de visita compartilhada. Alguém pode pegar e deixar o bebê assim não teremos que nos ver outra vez. — Outro rosnado saiu de Brawn e suas narinas se abriram. Seus olhos de repente pareceram mu-dar de cor, escureceram e ficaram quase preto.
— Você vai me deixar ver a criança? Que generosa.
— Estou tentando descobrir uma maneira disto funcionar, certo? Você não tem que vê-lo se não quiser. Sei como... — Estava sem palavras. — Isso não deveria ter acontecido, mas aconte-ceu. Vamos ser adultos sobre isso e descobrir uma maneira de conviver pacificamente para o bem do bebê.
Alguém tentou entrar no quarto, mas a porta estava trancada. Brawn olhou para a porta. — Fique fora. Estamos conversando.
— Vamos, Brawn. — Trisha chamou. — Deixe-me entrar, você tem sorte de apenas ter joga-do meu marido e Tiger. Você poderia ter realmente os ferido.
— Vá embora. — Rosnou. — Isso é entre mim e Becca. Não vou machucá-la. Deixem-nos em paz.
— Becca? — Era Trisha. — Você está bem?
— Estou bem. Está tudo bem. — Becca franziu a testa para Brawn, não tendo certeza de que era verdade.
— Vou estar no corredor colocando gelo nos homens. — Trisha não parecia feliz. — Grite se precisar de ajuda. — Brawn rosnou e voltou com a cabeça para olhar para Becca.
— Venha aqui. — Balançou a cabeça. Laurann Dohner Brawn
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— Você está com muita raiva e estou realmente feliz por estar deste lado da mesa. Não se atreva a me tocar, Brawn. Sei que você está chateado, mas isso não é mais culpa minha do que sua.
— Venha aqui. — Se recusou a ceder.
— Você está com raiva.
— Sim. — Rosnou. — Você deveria ter me contado.— Sua raiva queimou.
— Quando? Quando você viesse pegar as suas coisas na minha casa? Talvez quando você me ligasse? — Cruzou os braços sobre o peito. — É isso mesmo. Você não fez nenhuma dessas coi-sas. Você pediu para meu pai arrumar suas coisas e enviar para você. Você nunca ligou nem mes-mo para ver como eu estava. Por que deveria ter ligado para você?
— Você não vai vir até mim?
— Não. Gosto dessa distância entre nós. Gostaria mais que você saísse.
Ele foi até ela, seus movimentos graciosos a lembraram de um animal lentamente perseguin-do sua presa, e Becca recuou até que a parede a deteve. Sua respiração aumentou até um arfar de medo quando suas mãos se levantaram para achatar a parede de cada lado dela.
Viu quando seus olhos se fecharam, suas feições se suavizaram e para sua atordoada surpre-sa, se abaixou até ficar de joelhos. Seu rosto avançou mais perto até que apertou seu nariz contra sua camisa, com as mãos liberando as paredes para gentilmente pegar seus quadris e esfregou a barriga.
— O que você está fazendo? — Estava congelada.
Ele cheirou, suavemente ronronou e virou a cabeça para aninhar sua bochecha sobre sua barriga. Suas mãos deslizavam em sua calça, levantou a camisa dela o suficiente para revelar o monte arredondado. Pressionou sua bochecha quente contra sua pele, outro ronronar suave saiu dele e apenas ficou lá.
— Brawn?— Sua voz tremia. — O que você está fazendo?
— Posso sentir o cheiro dele.
— O quê?
Ergueu o queixo e abriu os olhos. O azul estava de volta em sua íris, a escuridão desapareceu e grudou em seu olhar. — Sinto o cheiro do meu filho.
Não tinha certeza do que aquilo significava, mas sua raiva parecia ter totalmente se dissipa-do. Respirava um pouco mais devagar e tentou se acalmar. Relaxou mais contra a parede e tentou acalmar seu coração acelerado. O perigo dele explodir de raiva parecia ter passado.
— Você acha que eu não iria querê-lo? — Odiava ver as lágrimas encherem os olhos de Brawn, mas não podia não notá-las. Arrependimento bateu nela.
— Eu não sabia. — Emoções sufocaram sua voz e engoliu em seco. — Estava com medo.
— Você acreditou que te machucaria? — Um pouco da raiva voltou para seu olhar firme.
— Não sei. Estou muito emotiva, com medo de tudo e tentei fazer o melhor que pude por conta própria.
— Você não está mais sozinha.
Empurrou a blusa um pouco mais sobre suas costelas, gentilmente a soltou, e deixou cair a sua atenção para a barriga nua. Laurann Dohner Brawn
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— Estou aqui.
Mas por quanto tempo? Aquele pensamento a deixou tensa. Se dissesse que eram uma equipe, teria que dar um tapa nele. Já ouviu isso antes. Embora olhar para ele fez seu coração amolecer. Iam ter um bebê juntos, criaram uma vida. Lágrimas quentes encheram seus olhos.
As pontas dos dedos calejados de Brawn acariciaram a pele sobre a barriga dela, tão quente e suave que fechou os olhos para esconder como reagia. Esfregou seu rosto contra o seu estômago novamente, ronronou e suavemente o bebê chutou em resposta. Seus dedos levemente se abaixa-ram e agarrou seus quadris e engasgou.
— Sim. — Disse-lhe em voz baixa. — Ele chutou.
— Meu filho. — Retumbou Brawn, com a voz muito rouca para soar totalmente humana.
Becca virou a cabeça e permaneceu imóvel, permitindo-lhe desfrutar da admiração de sua barriga de grávida. Ela teve inúmeros daqueles momentos mágicos depois o conhecimento de sua gravidez. Seus dedos se moveram, segurando o topo de sua calça. Becca permitiu, percebeu que queria ver o ventre, mas engasgou quando arrastou-a para os joelhos, expondo a calcinha. Seus olhos se abriram e engasgou.
Brawn olhou em seus olhos, não olhando para a pele que havia revelado ou o pedaço de ce-tim cobrindo seu monte quando tentou se contorcer. Fortes mãos agarraram seus quadris de for-ma rápida e a segurou no lugar contra a parede.
— O que você está fazendo?— Seu olhar correu para a porta fechada e voltou para Brawn. — Mova-se.— Tentou sair de seu domínio novamente, sabendo que não poderia levantar sua calça com o seu corpo no caminho. — Cubra-me.
Ele soltou o quadril, agarrou e puxou seu sapato.
— Brawn! Que diabos você está fazendo?
— Quero te ver. — Lutou para tirar os sapatos dela de seus pés, jogando-os de lado.
— Você está me vendo. — Seu olhar correu de volta para a porta, mais que um pouco alar-mada que alguém pudesse destrancar e encontrá-la com a calça em volta dos joelhos. Pegou seus ombros largos, grossos e o empurrou. — Você está vendo mais do que minha barriga. Deixe-me ir ou recue.
Endireitou-se, ergueu-se sobre ela e suavemente rosnou. — Becca. — ela empurrou seu pei-to, mas não deveria ter se incomodado desde que era como tentar mover uma parede sóli-da. Engasgou quando o pé pisou no material entre as pernas. Sua calça foi empurrada mais para baixo, emaranhando-se em seus tornozelos. Brawn a chocou de novo quando a puxou alguns cen-tímetros da parede, um braço envolveu-a e seu pé saiu do chão quando a ergueu.
— Ponha-me no chão! — Não gritou, com medo de alguém aparecer, mas Brawn apenas se virou e a colocou de costas sobre a mesa de exame. Olhou para ele em choque enquanto estendia a mão, segurou sua calça ao redor dos tornozelos e levantou as pernas dela.
— O que você está fazendo? — Tentou rolar, mas suas pernas estavam em linha reta acima, paradas lá, e a manteve em suas costas.
— Explorando. Não vou te machucar.
— Isso é totalmente rude, inadequado e errado! Laurann Dohner Brawn
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Segurou a blusa, tentou empurrá-la para baixo para cobrir algo, qualquer coisa, mas Brawn tinha outras ideias. Abaixou-a na mesa. Becca esqueceu de pegar nas laterais da camisa para não cair no chão, mas parou quando seu traseiro alcançou a borda. Para sua surpresa, ele caiu de joe-lhos, largou sua calça e agarrou a parte interna de suas coxas. Não esperava que ele fizesse isso ou mergulhar a cabeça para chegar entre elas.
— Relaxe. — Pediu, sua voz profunda.
— O que você está fazendo?
Estava exposta com as coxas afastadas. Olhou em seus olhos incríveis, lembrando por que ti-nha se sentido atraída por ele. Um ronronar sexy encheu a sala. Lembranças vierem instantanea-mente de seu tempo juntos dentro daquela jaula, todas as noites se lembrava de cada detalhe ví-vido, de suas mãos e a boca na dela. Sua libido ganhou vida. Foram nove semanas solitárias, emo-cionais cheias de desejos negados.
Mexeu forçando as coxas mais distantes para que pudesse se encaixar entre elas. Não podia ir longe com sua calça nos tornozelos e não tinha certeza se queria realmente tentar. Curiosidade superou qualquer receio em suas ações agressivas. Estendeu-se mais, seus tornozelos um pou-co espremidos pela calça. Seu olhar desceu.
— Isso não é o meu estômago! — Olhou para cima.
— Sonhei com isso.
— Prender uma mulher grávida sobre uma mesa e segurar seus tornozelos com sua própria calça? Saia e pare com o que está fazendo.
Não estava certa de que gostaria de dizer essas palavras, mas estava orgulhosa por ter con-seguido soltá-las.
Brawn levantou o olhar e as bochechas dela queimaram, sabendo que ele olhava para a sua calcinha de cetim azul. Engasgou quando a palma da mão a cobriu e sentiu o calor da sua mão em sua pele. Seus dedos engancharam na borda quando puxou o material frágil para o lado para expor sua vagina. Resmungou baixinho, lentamente inalou e lambeu os lábios.
Becca sentiu-se atordoada quando ele pareceu que a estava cheirando, não era algo que es-perava e só conseguia pensar em uma coisa. — Isso também não é meu estômago. — Não vai fazer oral em mim, não é? Essa pergunta a fez aumentar a frequência cardíaca.
Segurou seu olhar e repetiu. — Sonhei com isso.
Brawn, de repente abriu a boca e abaixou a cabeça. Enterrou seu rosto contra a parte interna das coxas e engasgou quando sua língua quente roçou o clitóris. Estremeceu, seus dedos liberaram os lados da mesa para pegar em seu cabelo preto e segurou seus longos fios. O empurrou, mas só o fez pressionar mais sua face, apertando. Rosnou, causando vibrações de sua língua contra o bo-tão sensível e seu corpo inteiro ficou tenso. A lambeu novamente, rosnou mais profundo, mais parecido como um ronco e aplicou mais pressão. Sensações de prazer a sacudiram.
— Oh Deus. Isso não é justo.
O gosto de Becca era tão bom. Seu perfume feminino misturado com o do Espécie vindo de-la, porque carregava seu filho era intoxicante para Brawn e o deixava tonto. Tudo dentro dele gri-tava que ela era sua, marcada por ele de todas as formas possíveis e queria reivindicá-la para sem-pre. Laurann Dohner Brawn
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O empurrão afiado em seu cabelo só o deixou mais determinado a mostrar que ele era seu macho. Rosnou mais alto, mais profundo, e seu corpo inteiro estremeceu com a força de suas emoções. Seus dedos ficaram mais fracos e, em vez de massagear o couro cabeludo, unhas leve-mente o marcaram ali como se tivesse dando muito prazer a ela.
O aroma inebriante de sua excitação o acelerou quando ficou mais forte e rasgou o objeto em seu caminho. O delicado tecido facilmente cedeu e jogou a calcinha destruída no chão. Queria rasgar a calça também, mas precisava dela para manter as pernas em volta dele. Exigia algu-ma adulação para aceitá-lo e usou a boca para domá-la.
— Brawn. — Gemeu.
Suas pernas apertaram ao redor dele e seus quadris se arquearam contra sua língua. Atingiu o triunfo. Ela era dele, sabia disso, e seu lado selvagem empurrou para frente para tomá-la. Se for-çou a voltar, queria levá-la ao clímax primeiro e ter certeza de que estava preparada para aceitá-lo. Nunca esqueceria o quão apertado ela revestiu seu pau e queria ter certeza de que podia entrar facilmente. Um pouco de medo o deteve também. Carregava seu filho e teria que ter extremo cui-dado.
Sua língua deixou seu clitóris, lambeu mais embaixo e gemeu. Estava tão molhada, seu creme tão doce e não conseguia se cansar disso quando mergulhou a ponta do sua língua dentro de-la. Suas paredes vaginais o espremeram, teve que lutar para penetrar uns poucos centímetros e ela apertou seus quadris contra sua boca.
Sua respiração aumentou, gemeu, era música para seus ouvidos. Becca era dele. Esse pen-samento continuou se repetindo mais e mais, deixando um pouco de seu desespero de fodê-la em submissão. Retirou a língua, odiava deixar o paraíso que encontrou ali, mas focou no clitóris nova-mente. Freneticamente acariciou o feixe de nervos, decidido a fazê-la gritar seu nome. Seu pau doía tanto que ameaçou quebrar o zíper de seu jeans.
Sabia que estava perto pela forma como os dedos agarravam seu cabelo novamente. Não o empurrou para deixar sua vagina desta vez, ao invés disso o manteve ali e as suas coxas o agarra-ram com força. Suas pernas tremiam enquanto inalava o ar e testou a fenda de sua vagina com a ponta dos dedos. Um dedo afundou no calor escorregadio, explorando o quanto era macia por dentro e acariciava a fodendo com a grossa digital.
Becca era sua companheira. Carregava seu filho. Era apenas dele.
Ela se debatia na mesa de exame, mordeu o lábio fortemente e tentou freneticamente lem-brar que pessoas estavam nas proximidades. Brawn a chocou por fazer oral nela, mas doía para gozar. Estava tão perto e então ele invadiu sua vagina com um dedo, empurrou profundamente e ela jogou a cabeça para trás, virou para o lado e apertou o seu ombro sobre a boca. O dedo dele entrava e saia dela enquanto selava os lábios sobre seu clitóris e sugava. Uma explosão de êxtase abalou seu corpo enquanto gritava. O som foi abafado contra a parte superior do algodão.
Brawn largou seu clitóris e, lentamente, retirou o dedo. Espasmos de prazer ainda vazavam através de sua barriga, a fez tremer e mal percebeu que revirou os ombros e fez algo para libertar suas pernas quando um tornozelo escorregou da calça que o segurava. Isso não havia acontecido até que os dedos fortes a agarrarem sob os joelhos a forçando a abrir os olhos. Laurann Dohner Brawn
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Brawn ficou de pé e encontrou seu olhar. O azul de seus olhos mostrava sua paixão e colocou seus tornozelos sobre o topo dos seus ombros. Ele abaixou a mão e o som de seu zíper sendo aber-to a fez perceber o que iria acontecer. Não protestou. Sentiu falta de Brawn, fantasiou com ele fazendo amor com ela, mas o cenário não era ideal. Estavam em uma sala de exames. A porta es-tava trancada , apesar de ninguém ter tentado entrar, pelo menos não que tivesse notado, mas estava distraída.
Inclinou-se um pouco, uma mão segurou a coxa e a outra permaneceu entre elas. Sua barriga arredondada escondia a visão de seu pênis, mas sentiu a cabeça grossa deslizar por suas dobras, hesitou na abertura da sua vagina antes de empurrar um pouco contra ela.
— Você é minha, Becca. — Resmungou suavemente para ela. — Te quero como minha com-panheira.
— O quê? — Uma de suas pernas pulou e seu tornozelo escorregou de seu ombro. Seu pé descalço achatou o peito e o empurrou um pouco. Olhos exóticos se estreitaram.
— Você é minha companheira. Meu filho. Minha mulher. Minha.
Uma sensação gelada de medo a atravessou com força brutal que esfriou a neblina sexual que estava experimentando. Puxou seus quadris, mexeu o traseiro com força e sua vagina estava escorregadia o suficiente para fazer a coroa do seu pênis deslizar até roçar o clitóris. — Não. — Olhar de confusão instantâneo tocou as feições dele.
— Não. — Repetiu com mais firmeza. Ele rosnou.
— Você nega minha entrada? — Olhou para baixo. — Você me quer. Você não pode negar is-so. Não vou te machucar.
Empurrou o peito de novo com o pé nu. Seu calcanhar esfregou em sua camisa e empurrou-o alguns centímetros. — Não! Não sou sua companheira. Me reivindica como sua? Não!
Raiva passou por seu rosto e jogou a cabeça para trás. Um rugido saiu dele e Becca gritou, de imediato, aterrorizada. A soltou e pulou para trás. Rolou e quase caiu da mesa, mas conseguiu des-lizar sem bater a barriga. Um tornozelo ainda segurava sua calça e recuou, quase tropeçando no maldito tecido, e colocou a mesa entre eles.
— Você é minha companheira. — Rosnou Brawn. — Minha.
Becca se dobrou, tentou pegar sua calça emaranhada e entrou em pânico quando não conse-guiu.
— Abra a porta! — Trisha gritou. — O que está acontecendo aí dentro?
— Mova-se. — Uma voz masculina exigia.
Algo bateu na porta e ela caiu. Tudo o que Becca pôde fazer foi se abaixar um pouco para es-conder sua parte de baixo nua por trás da mesa e esfregou sua camisa sobre sua barriga exposta.
Slade tropeçou para dentro do quarto. O Nova Espécie olhou para ela, seu olhar parecia en-tender tudo em um olhar abrangente e girou quando a médica tentou aparecer atrás dele. A agar-rou pela cintura, levantou e empurrou para outro o macho Nova Espécies que tentava entrar no quarto.
— Leve-a para o final do corredor. — Slade mandou.
— O que está acontecendo? — Trisha chutou o outro homem, torceu a cabeça e teve uma vi-são de Brawn. Laurann Dohner Brawn
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Becca seguido o olhar amplo da mulher e viu que a calça de Brawn ainda estava aberta, o pau dele estava tão duro quanto uma rocha. O Nova Espécies segurando-a suavemente xingou.
— Homem, levante o zíper. Isso é mais de você que eu quero ver. — Virou-se, ainda seguran-do a médica e se manteve de costas para a sala.
— Ponha-me no chão, Tiger. O que está acontecendo? — Trisha lutou para se soltar.
— Acho que é óbvio. — Slade bufou. — Feche o zíper, Brawn. Minha companheira não pode ver pau de ninguém, a não ser o meu.
— Saiam. — Brawn exigiu. Empurrou seu pau duro em sua calça, mas não fechou a frente de-la. — Isso é entre Becca e eu.
— Não vou ser sua companheira. Não me importo se estou grávida e você ser o pai. Isso não é motivo para arremessar palavras como estas e que inferno você está reivindican-do? Simplesmente nem tente.
— Merda. — Tiger murmurou, virou-se e colocou Trisha no chão. — Você também, ho-mem? Tinha certeza de que você nunca iria ceder.
O rosto de Becca aqueceu rápido de vergonha. Como se soubessem o que Brawn acabou de fazer com ela. Foi provavelmente os seus sentidos de cheiro, o que só piorou a situação. Respirou pelo nariz, não conseguiu captar nada, a não ser o cheiro estéril da sala de exames, mas não tinha seu olfato reforçados.
— Esse é o meu bebê o que faz você ser minha também. — O olhar zangado de Brawn estava fixo sobre ela e mostrou suas presas em sua direção quando rosnou.
— Vá se ferrar. — Esqueceu-se que estava envergonhada com a situação de ter pessoas na sala que acabavam de pegá-los depois de um momento íntimo. — Não vou me casar com você, me acasalar com você, ou lhe permitir me reivindicar.
— É a mesma coisa. — Tiger falou.
Becca lançou-lhe um olhar.
— Obrigada. — Seu foco voltou para Brawn.
— Vou te ferrar. — Avançou um passo na direção dela, mas Slade agarrou seu braço. A cabe-ça de Brawn balançou em sua direção, olhou para a mão em seu bíceps e rosnou. — Solte. Não interfira.
— Acalme-se. — Ordenou Slade, sua voz profunda. — Ela é humana, com uma criança, e você está mostrando seus dentes. Respire fundo através de sua boca e controle suas emoções.
— Não lute. — Tiger empurrou Trisha contra a parede perto da porta. — A sala é muito pe-quena e as fêmeas vão se machucar. — Brawn se soltou da pressão de Slade e tentou se afastar, mas o macho do Espécie agarrou novamente.
— Calma!
— Saiam e nos deixe sozinhos.
— Não se atreva. — Becca engasgou. — Você disse que eu estaria segura aqui. Prove. Leve-o para longe de mim.
— Esse é o meu filho.
— Não estou negando, mas não lhe dá o direito de fazer fortes declarações como se estivés-semos juntos. Não estamos. Laurann Dohner Brawn
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— Estamos.
Becca abriu a boca, mas uma tontura a golpeou, manchas apareceram diante de seus olhos e quase caiu sobre a mesa. Suas mãos seguraram seu peso, mas não deixou de ouvir o som de um grunhido áspero. Dois braços fortes envolveram seu corpo, um ao redor das costelas e o outro ao redor dos quadris, sob sua barriga.
— Peguei você. O que há de errado? — Brawn estava alarmado.
— Todos saiam da frente. — Trisha ordenou para os homens. — Brawn, a coloque sobre a mesa. Ela está grávida e este foi um dia estressante. A última coisa que precisa é de homens a in-timidando enquanto esta seminua.
— Estou bem. — Becca suspirou. — Perdi o café da manhã e o almoço. — A tontura passou e ela se mexeu, tentando se livrar dos braços fortes a segurando. — Solte-me.
— Espere. — Trisha murmurou, apressando-se para um gabinete. O abriu, pegou alguma coi-sa e se virou. — Aqui. Mantemos calças de moletom aqui, são peças de reposição em caso de emergências. Você não tem ideia de quantos homens eu trato com ferimentos nas pernas quando estão treinando. Deixe-me ajudá-la.
— Vou fazer isso sozinha.— Becca virou a cabeça e olhou para Brawn. — Solte-me. Posso me vestir. — Ele quis argumentar, podia ver isso em seus olhos, mas Trisha de repente estava ali. Ajoelhou-se.
— Levante uma perna. — A médica sacudiu a calça para cima enquanto Brawn continuou a segurá-la. Estava agradecida por tê-la segurado, mas não disse em voz alta. Sentia-se fraca e sabia que Trisha estava certa. Foi um dia muito estressante. — Tiger? Leve-a para o hotel e vou pedir comida. Ela precisa comer e descansar. — Trisha olhou para Slade. — Ninguém sabe que ela está aqui. Espalhe para todos os Espécies. Queria levá-la a uma das cabanas, mas quero ela por per-to. Isso significa o hotel. Nenhum ser humano está lá e Espécies não vão mencionar que está lá.
— Você que manda, Doutora. — Sorriu.
— Obrigada pirulito. — Resmungou baixinho para ela.
— Provocação. — Saiu da sala. Tiger virou-se para o quarto.
— Eu tenho um SUV lá fora. Vamos embora. — Brawn a soltou e tentou levantar Becca. Ela tropeçou e bateu em sua mão. — Não. Você já me tocou bastante, muito obrigada.
— Vou levar você.
— Você não vai. Estou bem agora. Só preciso comer.
— Discutam depois. — Tiger avançou mais perto. — Ela está pálida e carregando uma crian-ça. Precisa ser cuidada e mantê-la aqui já é prejudicial. — Becca se virou de costas para Brawn, e encontrou os olhos da médica e assentiu.
— Obrigada por me fazer uma ultrassom.
— Coma e descanse bastante. Estarei por lá mais tarde. Me chame se não se sentir bem ou precisar de alguma coisa. Basta contatar a secretaria e vão transferir a ligação para o meu telefone celular.
— Eu agradeço.
Tiger abriu caminho e Becca seguiu para fora da sala, no corredor e no exterior. Um SUV es-perava exatamente onde disse e Pink estava atrás do volante. Laurann Dohner Brawn
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— Entre.
Tiger disse ao abrir a porta dos fundos. Permitiu que tocasse seu braço para ajudar, mas um rosnado suave a assustou e encontrou a fonte. Brawn encarou o Espécie que tocava como se qui-sesse arrancar a cabeça do homem. Moveu-se no banco e Tiger a soltou. Brawn de repente adian-tou-se e arqueou uma sobrancelha.
— Vá mais para lá e me dê espaço, Becca.
Ela se recusou e estendeu a mão para agarrar a maçaneta da porta, mas o corpo dele blo-queava o caminho.
— Vou falar com você mais tarde, quando nós dois estivermos um pouco mais calmos. Se a faste. Estou com fome e quero me deitar agora. — O olhar de Brawn se suavizou.
— Não quis assustá-la, Becca. Sinto muito.
De repente, segurou a mão dela com a sua, retirou-a da porta e curvou os dedos quentes ao redor. Caiu de joelhos e escondeu o rosto contra a sua coxa. A surpreendeu que o grande macho se ajoelhasse no chão e estava agindo de modo estranho. Sua cabeça ficou lá e agarrou a mão dela com força suficiente para mantê-la presa, mas não o suficiente para causar dor. Mordeu o lábio, percebeu que ele deveria estar emocionalmente abalado também e a outra mão se levan-tou. Hesitou antes que seus dedos passassem pelos fios de seda de seu cabelo para tentar dar-lhe conforto.
— Brawn?
— Não me mande embora.
As palavras foram abafadas contra sua perna, mas o ouviu. Levantou seu olhar para encon-trar Tiger ali com a boca aberta. Parecia absolutamente atordoado, encontrou o olhar dela, fechou a boca e encolheu os ombros.
— Pelo menos ele não quer mais lutar. Dê ao homem um tempo.
Não sabia o que estava acontecendo dentro da mente de Brawn, mas sabia o quão forte foi receber a notícia quando descobriu que estava grávida. Foi do choque ao medo, depois preocupa-ção até se sentir feliz. Sua vida nunca mais seria a mesma. Dias se passaram para superar essas emoções, mas Brawn teve menos de uma hora para passar por esse tumulto. Esfregou sua cabeça, tentando confortá-lo.
— Foi um dia infernal para nós dois. — Admitiu. Ele acenou com a cabeça contra a sua coxa.
— Sim.
Becca lutou contra a vontade de chorar. Malditos hormônios.
— Você está bem? — Ele não se moveu.
— Não me mande embora. Preciso estar perto de você. — Olhou para Tiger e ele encolheu os ombros outra vez, obviamente, não sabia porquê Brawn estava agindo dessa forma também.
— Não entendo. — Brawn lentamente levantou a cabeça e encontrou o olhar dela. Seus olhos azuis pareciam torturados.
— Preciso estar perto de você como preciso de ar para respirar. Não consigo explicar. Só te-nho que estar perto de você. Se me mandar embora vou perder o controle. Não quero assustá-la novamente. Laurann Dohner Brawn
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O que estava acontecendo? Becca sentiu medo novamente. Por que ele precisa estar perto dela? O que estava acontecendo dentro do homem? Seus olhares se cruzaram e permaneceram assim por um tempo. Becca finalmente desviou o olhar.
— Tudo bem. Você pode ir para o hotel.
Ele imediatamente se levantou e puxou a mão livre quando se sentou do outro lado do as-sento. Subiu ao lado dela e Tiger fechou a porta, sentou no banco do passageiro e Pink se afastou do meio-fio. Ninguém falou durante a curta distância do hotel.

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